domingo, novembro 12, 2006

Exposição de Gravuras no CCBB

Hoje fui ver uma exposição que achei muito boa e gostaria de indicar pra vocês!
(Vou colocar aqui o que está no site do CCBB)


As variadas técnicas de gravura vão de encontro ao mito da obra de arte como objeto único e irreproduzível. Por conta da própria natureza da gravura, cuja origem coincide com a invenção da imprensa, o público tem acesso mais fácil à obra de grandes artistas. Apostando na democracia que a gravura empresta às artes plásticas, o CCBB São Paulo abriga a mostra Impressões Originais: A Gravura Desde o Século XV, de 30 de outubro de 2006 a sete de janeiro de 2007.Cerca de 150 obras são expostas ao público no CCBB paulistano, uma coleção sob curadoria de Carlos Martins, Valéria Piccoli e Pieter Tjabbes. De São Paulo, a mostra segue para o CCBB do Rio de Janeiro, de cinco de março a 29 de abril de 2007.
“A gravura é fundamental para difundir e multiplicar a imagem. Não é mais uma obra de arte única”, explica a arquiteta Valéria Piccoli, doutoranda em história da arte pela Universidade de São Paulo, com a experiência de quem participou de curadorias como a da Bienal de São Paulo de 1998. “É impossível, no Brasil, estarmos em contato mais íntimo com a obra de certos mestres europeus. Um painel desses extrapolaria o acervo de nossos museus. Como a gravura pode se multiplicar, ela facilita o acesso das pessoas às particularidades de certos artistas. A gravura é democrática.”

Impressões Originais, a mostra, nasceu de uma ambiciosa idéia de Pieter Tjabbes: traçar um painel dos últimos seis séculos de artes visuais através de gravuras. Ao lado de Valéria Piccoli e Carlos Martins na curadoria, Tjabbes acabou fechando o foco na arte ocidental apenas. O que, diga-se, não é exatamente pouca coisa.

Para guiar a mostra que ocupa três andares do CCBB, o trio de curadores afirma a presença de sete mestres que orientaram a gravura em determinados períodos históricos. São eles: Albrecht Dürer (1471-1528), Francisco de Goya (1746-1828), Giovanni Battista Piranesi (1720-1778), Giorgio Morandi (1890-1964), Jacques Callot (1592-1635), Pablo Picasso (1881-1973) e Rembrandt van Rijn (1606-1669).

“Eles são os sete grandes artistas que orientaram a história da gravura na arte ocidental. São apontados por um consenso entre os historiadores da arte”, justifica Valéria Piccoli. “São mestres que desenvolveram algum componente técnico ou uma forma de expressão que não existia antes.”

O caso de Rembrandt, por exemplo, é um exemplo clássico da liberdade que a gravura representou para os artistas (inclusive os grandes mestres). “Rembrandt podia explorar na gravura outros temas que não são afeitos à pintura. Ou, para usar um termo corrente hoje, são trabalhos mais alternativos”, explica Valéria. Rembrandt, afinal, vivia da tarefa de retratista e trabalhava sempre sob encomenda. Aproveitando-se da gravura, uma técnica mais barata que a pintura, ele podia se dedicar a trabalhos que mecenas algum o pagaria. É sintomática desse pensamento sua série de gravuras dedicada a conchas marinhas, onde trabalhava com toda a gama de cores que poderia lançar mão para representar aquele aspecto do mundo natural. Algo que não pôde fazer em seus trabalhos de pintura.

Warhol e Liechenstein
Já no século 20, a técnica da gravura foi fundamental para a criação da estética que se chamou de pop art, de artistas como os norte-americanos Andy Warhol (1928-1987) e Roy Liechtenstein (1923-1997). “A serigrafia de Warhol é de fundamental importância na medida que podia trazer para a tela o que era uma página de jornal. Não é exagero dizer que a gravura permitiu a pop art”, aponta Valéria. Enquanto Warhol bebia na imprensa escrita e na publicidade para fazer suas gravuras, o contemporâneo Liechtenstein se dedicava a reproduzir a estética das histórias em quadrinhos.

A gravura também foi instrumento de construção e veículo principal do abstracionismo geométrico. “A gravura permite que um artista trabalhe com grandes superfícies de uma mesma cor. Também permite que funcionem os jogos óticos do abstracionismo”, percebe Valéria Piccoli.

Impressões originais também traz trabalhos de Antoni Tàpies (1923), Emil Nolde (1867-1956), Henri Matisse (1869-1954), James Ensor (1860-1949), Joan Miró (1893-1983) e Oskar Kokoschka (1886-1980), entre outros.

Para o visitante que tiver curiosidade de ir além das obras em si, o CCBB São Paulo reúne em vitrines vários equipamentos usados nas diferentes técnicas: xilogravura, gravação em metal, litografia, linóleo e serigrafia.

O trio de curadores vem trabalhando nesta exposição desde o início de 2006. Tempo necessário para que eles conseguissem reunir peças das mais variadas fontes. Da Holanda, colaboraram os museus Haags Gemeentemuseum e Leiden Prentenkabinet. Do Brasil, vieram peças tanto de coleções públicas quanto de particulares, como do Museu Nacional de Belas Artes, da Biblioteca Nacional, da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (USP). Também estará exposta uma seleção de obras editadas pelos clubes de gravura do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e Museus Castro Maya, do Rio de Janeiro.


Impressões Originais: A Gravura Desde o Século XV
De 30 de outubro de 2006 a 7de janeiro de 2007
Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro
Informações: (11) 3113-3651
E-mail: ccbbsp@bb.com.br
Entrada franca


Algumas obras que estão na exposição

Dürer
Toulouse-Lautrec

Lichtenstein

quarta-feira, novembro 01, 2006

ARTE GÓTICA

Gótico
O gótico era uma arte imbuída da volta do refinamento e da civilização na Europa e o fim do bárbaro obscurantismo medieval. Foi o auge do desenvolvimento artístico da Idade Média.

PINTURA
A pintura gótica desenvolseu-se nos séculos XIII e XIV e início do século XV, quando começou a ganhar novas características que anunciavam o Renascimento.
A finalidade primordial da pintura gótica era ensinar a criação divina e, num sentido mais didático, narrar as Escrituras para o maior número de pessoas, quase sempre analfabetas. Os temas eram religiosos, tirados da tradição bizantina. Além das histórias da Bíblia, representava-se também a vida dos santos e a iconografia de Cristo, particularmente a crucificação, capítulo central da teologia da Idade Média.
O principal arista da pintura gótica foi Giotto. A maior parte das obras que ele produziu foram afrescos que decoraram igrejas. A característica principal de sua pintura foi a identificação da figura de santos com seres humanos de aparência bem comum.
O traço que mais identifica a pintura gótica é seu intencional realismo. Partindo da premissa de que a representação do mundo real refletia a verdadeira natureza divina da criação, os pintores do românico elaboraram uma pintura carregada de simbolismo, a fim de tocar emocionalmente o observador. O resultado foi a criação de uma arte de linhas claras e cores puras, na qual era a cor que expressava o valor simbólico da espiritualidade.
A pintura gótica possuía um estreito contato com a iconografia cristã, a linguagem das cores era completamente definida: o azul, por exemplo, era a cor da Virgem Maria, e o marrom, a de São João Batista. A manifestação da idéia de um espaço sagrado e atemporal, alheio à vida mundana, foi conseguida com a substituição da luz por fundos dourados.

ARQUITETURA
Uma das principais inovações da arquitetura gótica foi o uso dos arcos ogivais, chamados tecnicamente de suportes de apoio. Com esses suportes o edifício não precisava de grossas paredes para sustentar sua estrutura. A conseqüência imediata do emprego do arco ogival foi a possibilidade de construir igrejas mais altas.
Principais traços dos interiores Góticos: verticalidade, transparência e luminosidade (vitrais)
O Gótico é muito conhecido por suas catedrais, gigantes e repletas de vitrais coloridos. Suas paredes altas e esguias eram repletas de esculturas do lado de fora. Algumas delas representavam demônios, para mostrar aos fiéis que do lado de fora estava o pecado e do lado de dentro a salvação.

ESCULTURA
As esculturas do início do Gótico eram alongadas – verticalizadas.
Numa fase adiantada do refinamento próprio desse período, as esculturas adquiriram graça e realismo, aproximando-se pouco a pouco dos cânones do Renascimento.

terça-feira, outubro 24, 2006

ARTE ROMÂNICA

Os trabalhos nas oficinas da corte de Carlos Magno levou os artistas a superarem o estilo ornamental da época das invasões bárbaras e a descobrirem a tradição cultural e artística do mundo greco-romano.
A arte românica, cuja representação típica são as basílicas de pedra com duas apses e torres redondas repletas de arcadas, estendeu-se do século XI à primeira metade do XIII. A abóbada das igrejas românicas era de dois tipos: a abóbada de berço e a abóbada de arestas. Embora diferentes, esses dois tipos de abóbada causam o mesmo efeito sobre o ebservador: uma sensação de solidez e repouso, dada pelas linhas semicirculares e pelos grossos pilares que anulam qualquer impressão de esforço e tensão.

ARQUITETURA

Na arquitetura esse fato foi decesivo, pois levou, mais tarde, à criação de um novo estilo para edificação, principalmente das igrejas: o estilo ROMANÂNICO.
Foi uma manifestação artística desenvolvida a partir das formas usadas nas províncias, diferentes da capital e com certa influência do Oriente. Um exemplo desse estilo é a famosa Torre de Pisa, o campanário do conjunto da Catedral de Pisa.
Uma das coisas que mais chamam a atenção nas igrejas românicas é seu temanho. Elas são sempre grandes e sólidas. Por isso são chamadas de “Fortalezas de Deus”.

Conjunto da Catedral de Pisa (1063 - 1272)

Características básicas das construções Românicas:

- Mais largas do que altas: horizontalidade;
- Pequenas aberturas para as janelas;
- Transepto;
- Pesadas.

--> A Arte Românica marcou muito a época em que começaram as peregrinações para os santuários cristãos. Por isso, o Caminho de Santiago é um lugar maravilhoso para se conhecer construções românicas.

PINTURA E ESCULTURA

Na pintura e na escultura, as formas se mantêm dentro da mesma linha da arquitetura: severa e pesada, completamente afastadas de qualquer intenção de imitar a realidade e conseguindo, como resultado, uma estética dotada de certa graça infantil.

PINTURA:
As características essenciais da pintura românica foram a deformação e o colorismo. Seus desenhos iam das formas da antiga pintura romana aos ícones bizantinos, ocupando naves e absides. Os temas mais freqüentes abordavam cenas retiradas do Antigo e do Novo Testamento e da vida de santos e mártires, repletas de sugestões de exemplos edificantes.

Cristo em Majestade. Afresco da abside da igreja de San Clemente de Tahull, Catalunha.

ESCULTURA:
A escultura românica, sempre apresentando um caráter didático ou simbólico, se manifesta principalmente na ornamentação das igrejas e palácios reais.

Escultura em relevo na Canonica di Santa Maria del Vezzolano

A arte românica não é fruto do gosto refinado da nobreza nem das idéias desenvolvidas nos centros urbanos. Trata-se de um estilo essencialmente clerical. A arte desse período passa, assim, a ser encarada como uma extensão do serviço divino e uma oferenda à divindade.

Com uma evidente influência bizantina, durante o período românico a ourivesaria viveu um período de renascimento e esplendor.

terça-feira, outubro 17, 2006

Um convite (o segundo convite)

Para quem interessar possa:

Convido a todos para me verem no teatro... Vocês sabem (eu já falei pra vocês) que sou atriz, faço teatro... depois de vocês, o grande amor da minha vida é o palco (nossa... forcei agora, né!)

Bom... a peça se chama "Homens de Papel" do autor brasileiro Plínio Marcos.

A peça apresenta a realidade de um grupo de catadores de papel que insatisfeitos com a violência e a exploração de Berrão, o atravessador, decidem não trabalhar. Em meio a esse conflito anunciado, três novas figuras se apresentam ao grupo: um casal e sua filha doente, que buscam na cidade grande a cura para a menina e estão dispostos a trabalhar muito, juntar dinheiro e pagar o sonhado tratamento.




A peça apresenta um cenário onde vontades, desejos, lutas, sofrimento e poucas soluções contam uma história impregnada de dor, de perdas, mas que estampa no palco a dignidade e a própria vida.

DATA: 24 a 27 de outubro

HORÁRIO: 20h00

LOCAL: Auditório do SENAC-Santana

Rua Voluntários da Pátria, 3167Santana - São Paulo

A entrada para o espetáculo são três garrafas PET ou três latas de alumínio. (viva, viva a reciclagem!!!)



olha eu ali... com o páu na mão... hehehehehehehehe!!! (qualquer piadinha besta será deletada, viu!!!!)

Bjos a todos e, viva! viva!!!!!!!

domingo, outubro 08, 2006

Arte Bizantina

MOSAICOS



O mosaico foi a principal manifestação artística do Império Bizantino e teve seu apogeu durante o reinado do Imperador Justiniano.




MOSAICOS ROMANOS X MOSAICOS BIZANTINOS

ROMANOS



Cubos de mármore opaco
Usado, principalmente, no chão das residências
Temas seculares, batalhas, jogos
Tinham paisagens de fundo

BIZANTINOS



Cubos de vidro, pedras e brilhantes
Usado em paredes e tetos – mormente em domos e absides de igrejas.
Temas religiosos, Cristo como pastor
Fundo abstrato, ouro sobre azul


ÍCONES





Pequenos painéis de madeira com imagens pintadas, supostamente com poderes sobrenaturais.
As imagens de santos eram rígidas, em pose frontal, geralmente com o olhar fixo. Acreditava-se que os ícones tinham propriedades milagrosas.


Têmpera é o nome que recebe um dos modos que os artistas bizantinos utilizavam para preparar a tinta usada em seus ícones. Consiste em misturar os pigmentos a uma goma orgânica, para facilitar a fixação das cores à superfície do objeto pintado. A mais comum é a gema do ovo. O resultado é uma pintura brilhante e luminosa.


A técnica da encáustica foi utilizada desde a Antigüidade. O processo consiste em diluir os pigmentos em cera derretida e aquecida momentos antes da aplicação. A pintura em encáustica é semifosca, ao contrário da têmpera, cujo efeito é brilhante.


ARQUITETURA



A principal obra arquitetônica da Arte Bizantina é a Igreja de Santa Sofia em Constantinopla, dedicada à Sabedoria Divina (Sophia). Apresenta a marca mais significativa da arquitetura bizantina: o equilíbrio de uma grande cúpula sobre uma planta quadrada.
Simbolizava o poderio e unidade do império cristão. No interior, Santa Sofia está suntuosamente decorada com mosaicos e afrescos.

quarta-feira, outubro 04, 2006

As 10 mais - III

MINHAS PREFERIDAS!

Estas são as obras de arte que eu mais gosto.

Lanço um desafio. O primeiro que colocar no comentário o nome correto dos autores e o título de cada obra, vai ganhar uma caixa de chocolates!!! hehehehehehehehehe














São as pinturas que eu mais gosto... (outro dia, quem sabe eu coloco um panorama geral com esculturas, fotografias, filmes :P)

As 10 mais - II

Bom, eu ouso fazer uma seleção de 10 obras que acho fundamentais para a História da Arte - é bem difícil escolher só dez, fiz uma peneira (talvez eu mede de idéia mais tarde, não tem importância).

Não necessáriamente nessa ordem (vou ordenar ao meu modo)

1) Batalha, Kandinsky

2) A Dança, de Matisse



3) Les Demoiselles d'Avignon, de Picasso

4) Os Fuzilamentos de 3 de Maio de 1808, Goya

5) Almoço na Relva, Manet

6) A Criação de Adão, de Michelangelo

7) A Ponte Japonesa, de Monet

8) O Juramento dos Horácios, de David


9) A Liberdade Guiando o Povo, de Delacroix

10) A Conversão de São Paulo, de Caravaggio

(No post anterior eu coloquei uma referência - no livro em que eu tirei só estão os nomes. Colocar as imagens para serem comparadas foi coisa minha, ok)

No próximo colocarei as minhas 10 obras preferidas e, talvez, as 10 mais populares.

As 10 mais - I

Em 1985, um juri de conhecedores de arte, a pedido da Ilustrated London News, elegeu "As meninas" a inquestionavelmente maior obra-de-arte realizada por um ser humano.
A seguir a lista das classificações:

1) As Meninas, de Velázquez

2) Vista de Delf, de Vermeer

3) A Tempestade, de Giorgione

4) A Primavera, de Botticelli

5) A Ressureição, de Piero della Francesca

6) O Enterro do Conde Orgaz, de El Grerco

7) A Lamentação, de Giotto

8) O Altar Isenheum, de Grünewald

9) Guernica, de Picasso

10) A Volta do Filho Pródigo, Rembrant



(Tirado de "Arte Comentada - da Pré-História ao Pós Moderno", Carol Strickland, Ph.D. - Trad. Angela Lobo de Andrade. 13a Ed. Ediouro / pág 61)

Alguém concorda com esses caras?

Bom, realmente são obras fantásticas e super importantes para a História da Arte. Depois eu coloco as "10 mais" na minha opinião.

CUBISMO

O cubismo teve sua origem histórica em Cézanne (pós-impressionismo). Para ele a pintura deveria tratar as formas imutáveis da natureza: cones, esferas, cilindros etc.
Foi um dos principais pontos de mutação da arte do século XX.
Para os cubistas, a arte consiste em “inventar” e não em “copiar”.

É dividido em:

–Cubismo Analítico: Analisar as formas dos objetos, partindo-os em fragmentos e espalhando-os pela telae trabalhar com poucas cores – analisar a forma sem a distração das cores.

–Cubismo Sintético: fazer a figura novamente reconhecível – mas isso não significa um tratamento realista do tema; e as colagens.

Principais artistas:

• Pablo PICASSO (1881 – 1973)


Les Demoiselles d'Avignon (1907)

A Guitarra

Guernica (1937)


• Georges BRAQUE (1882 – 1963)

Violino e cântaro



Cesta de frutas

Um pouco de arte moderna: fauvismo

Tradução: feras.

Principais características: cores intensas e pinceladas vigorosas.
As figuras fauvistas são apenas sugeridas e não representadas de modo realista.

Principais artistas:

–Henry Matisse (1869 – 1954)



A dança


– André Derain (1880 – 1954)

Três pessoas sentadas


– Maurice de Vlaminck (1876 – 1958)



Os catadores de batatas