domingo, junho 08, 2008

Prova segundo ano - EA212


Como eu sou uma professora muito legal (apesar de alguns de vocês não merecerem! - olha a manha! hehehehehehe) vou colocar aqui a matéria para a prova de vocês (com links pros assuntos)


Missão Artística Francesa:


A Academia Imperial de Belas Artes:


Transição entre o acadêmico e o moderno:



Início do Modernismo Brasileiro:


Anita Malfatti (nossa primeira grande artista moderna) - Segall era Lituano, lembram??:



Semana de Arte Moderna:


Modernismo:




Gostaria de lembrá-los que poderei tirar dúvidas na segunda-feira antes da prova (dia 09/06). Para não ficar uma "zona" e também pra facilitar pra mim e pra vocês, por favor usem este post para fazerem perguntas, ok??!!

Bjão a todos! Bons estudos! Boa prova!

Viva! Viva! (que é o mais importante!)

INDICAÇÕES

Olá pessoal

Gostaria de indicar a todos o site do MAC USP sobre o Modernismo brasileiro.

http://www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/index.html

Vale muito a pena conhecer. Lá tem informações gerais sobre o modernismo, a semana de 22 e os principais artistas.

Além disso, aqui está uma lista de sites dos nossos principais artistas modernos:

VICTOR BRECHERET:
http://www.victor.brecheret.nom.br/
(gente... é "ponto NON" mesmo, viu!!!!)


PORTINARI:
http://www.portinari.org.br/


TARSILA DO AMARAL:
http://www.tarsiladoamaral.com.br/


CÍCERO DIAS:
http://www.cicerodias.com.br/


OSWALDO GOELDI:
http://www.centrovirtualgoeldi.com/

DI CAVALCANTI

Expoente das artes plásticas brasileira, idealizador e um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922.
Depois de 22, até o final da década de 20 e, entre 1935 e 1940, viveu na Europa e conheceu os artistas mais notáveis da época.

A grande marca das suas obras é a presença das mulheres mulatas e negras.
Roda de Samba
Colonos

Festa Popular

ANITA MALFATTI


Anita Malfatti nasceu em 1889, em São Paulo. Seu pai era um italiano católico e mãe americana, de ascendência alemã protestante. Logo pequena teve contato com a arte, pois sua mãe, que era uma pessoa muito culta, sempre fez questão disso. Ela mesma introduziu a filha no universo da pintura.

Um defeito congênito a tornou uma falsa canhota; trazia sempre um lenço colorido cobrindo a mão direita deformada. Essa limitação foi marcante para sua personalidade e características emocionais. 

Quando ainda era criança, deitou numa vala por onde passou um trem só para perder o medo; de olhos fechados, tudo o que viu foram cores. Acontece, então, a revelação de seu destino: quer ser pintora.
Mais tarde (quando começa suas experiências na arte moderna) vai experimentar voluntariamente a fome, a cegueira e a sede, buscando na sensação física a "superação do eu". Era expressionista antes de saber o que significava o termo.

Depois de ter estudado no Colégio Mackensie e ter se formado no magistério, uma tragédia assola sua vida: a morte do pai.
A moça precisava arrumar um rumo para sua vida. Por confiar no seu talento como artista, um tio patrocina seus estudos.

Anita foi para a Europa, passando por Paris, onde teve contato com os artistas fauvistas, para a Alemanha, onde frequentou, por três anos, a Academia Real de Berlim. Estudou gravura, desenho e pintura, além de conhecer os principais mestres do expressionismo alemão.

Foi a seguir para Nova York estudar na Independent School of Art, experiência marcante em sua obra. Teve contato com artistas e intelectuais. Anita iniciou uma obra de tendência claramente expressionista/fauvista, longe dos padrões acadêmicos vigentes até então no Brasil.
Sua exposição em 1917, em São Paulo, recebeu crítica ferrenha de Monteiro Lobato. (o artigo também foi postado aqui no prosalunos)

Anita é considerada precursora do modernismo nas artes plásticas brasileiras. As obras A Boba, O Homem Amarelo, Estudante Russa e Torso fazem parte dos trabalhos expostos em 1917, considerados o climax de sua produção.

Morreu em 1964, em São Paulo.



A boba
Torso

O homem amarelo
A estudante russa

ANÁLISE COMPARATIVA: Acadêmico x Impressionista



ELISEU VISCONTI, Jardim de Luxemburgo,1915
Óléo sobre tela 25 X 35 cm
Rio de Janeiro, Museu Castro Maia.

Observe com atenção as duas imagens:

A primeira é do artista acadêmico Vítor Meirelles e a segunda do artista impressionista Eliseu Visconti.
Enquanto a primeira imagem apresenta tema histórico, narrando um momento importante e solene (de maneira romantizada... diga-se de passagem!), mostrando um estudo rigoroso das formas (vestimentas, objetos, tipos físicos, atitudes...), a segunda imagem apresenta um tema cotidiano, um momento efêmero, ocasional. Não há preocupação com os detalhes e o foco está na impressão do momento.
Meirelles apresenta em sua Primeira Missa planos distintos e Visconti, em seu Jardim, planos mais difusos.
Na pintura acadêmica as massas de claro e escuro estão em oposição e o foco de luz fica sobre a figura principal - como se fosse uma luz cênica (lembrando que a arte acadêmica segue o princípio da mímesis, ou seja, não se trata de imitar a natureza tal qual ela é, mas melhorá-la, deixá-la mais bela.); já na pintura impressionista mas massas são menos definidas e a luminosidade é distribuída de maneira mais naturaz - um dos principais focos da pesquisa impressionista é exatamente os efeitos da luz natural sobre os objetos, a paisagem e pessoas (é só a gente lembrar dos estudos e das pinturas de Monet).
A pincelada também é bastante diferente, enquanto na primeira pintura ela "desaparece" em função da forma, as pinceladas da segunda pintura aparecem muito claramente. Uma das características marcantes da pintura impressionista é exatamente esta: pinceladas rápidas! Não há a necessidade de escondê-las.
É interessante lembrarmos que Eliseu Visconti também foi aluno da AIBA, assim como Meirelles - mas um aluno que se rebelou! hehehehe Na verdade ele fez parte de uma das últimas turmas da Academia (em 1889 ela fecha, lembram??)
Mais informações sobre a obra e a vida de Eliseu Visconti:

SEMANA DE ARTE MODERNA


(imagens feitas por Di Cavalcanti para a Semana de 22)

A Semana de Arte Moderna aconteceu na cidade de São Paulo entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922.

• Escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos
• Principal objetivo: renovar o ambiente artístico
• Tendências vanguardistas da Europa (com caráter nacionalista)
• Centenário da Independência
• Negação do academicismo


Os jovens modernistas da Semana negavam, antes de mais nada, o academicismo nas artes. A essa altura, estavam já influenciados esteticamente por tendências e movimentos como o Cubismo, o Expressionismo, o Futurismo e diversas ramificações pós-impressionistas.

Principais participantes da Semana

Literatura: Mário de Andrade - Oswald de Andrade - Graça Aranha - Ronald de Carvalho - Menotti del Picchia - Guilherme de Almeida - Sérgio Milliett
Artes Plásticas: Anita Malfatti - Di Cavalcanti - Vicente do Rego Monteiro
Música: Villa-Lobos - Guiomar Novaes


"Não sabemos o que queremos.
Mas sabemos o que não queremos."

OSWALD DE ANDRADE


"Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos,
reivindicações obreiras, idealismos, motores,
chaminés de fábricas, sangue, velocidade,
sonho em nossa arte.
Que o rufo de um automóvel, nos trilhos de dois versos,
espante da poesia o último deus homérico,
que ficou anacronicamente a dormir e a sonhar,
na era do jazz band e do cinema,
com a flauta dos pastores da Arcádia e
os seios divinos de Helena".


MENOTI DEL PICCHIA


OS SAPOS

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!"

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - “Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte ! E nunca rimo
Os termos cognatos.(...)"

Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei" - "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
(...)

Manuel Bandeira
(declamado porRonald de Carvalho)


ERRO DE PORTUGUÊS

“Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português”

OSWALD DE ANDRADE