sábado, outubro 13, 2012

O ano já está quase acabando!

Nossa... estamos em outubro mais uma vez!
Mais uma vez a prova do quarto conjunto se aproxima!

Pra lembrar dos assuntos da prova:

INÍCIO DO MODERNISMO BRASILEIRO

ANITA MALFATTI

TEXTO: PARANOIA OU MISTIFICAÇÃO (Crítica de Monteiro Lobato à exposição de Anita Malfatti em 1917)

SEMANA DE ARTE MODERNA

DI CAVALCANTI

VICTOR BRECHERET

REVISÃO ANTIGA

TARSILA DO AMARAL
Lembrem-se que ela não participou da Semana de Arte Moderna em 1922 (estava em Paris). Só depois, em 1923 é que ela começa a fazer parte do modernismo brasileiro.

MANIFESTO ANTROPÓFAGO

SEGUNDA GERAÇÃO MODERNISTA

Eu preciso escrever algumas coisas sobre Portinari!
Assim que fizer, falo pra vocês!

terça-feira, agosto 14, 2012

Terceiro Conjunto

Oh, século XIX!
Gosto muito dessa época... (ok, vocês sabem que eu gosto mesmo é do século XX... mas o XIX é meu "segundo" preferido... sobretudo a segunda metade na Europa e o final, aqui no Brasil).

Assuntos importantes:

A Escola Nacional de Belas Artes.

Eliseu Visconti (e o ateliê livre)

Uma análise comparativa entre arte acadêmica e impressionista.

Outros artistas do século XIX (época da transição da AIBA para a ENBA).

Arquitetura paulistana do final do século XIX e início do século XX.

Quero lembrar a todos que as visitas ao "pros alunos" são sempre bem-vindas, mas que a atenção às aulas é importantíssima. Algumas ideias só são discutidas "ao vivo". Aqui é um espaço pra lembrar das imagens, dos artistas e de alguns fatos históricos.



Abração!

Artistas do XIX

Além dos famosos Vitor Meireles, Pedro Américo e Almeida Junior, alguns outros artistas do século XIX também merecem destaque.

RODOLPHO AMOEDO (1857 - 1941)

Curriculum do artista (por ele mesmo) - esse texto foi enviado ao ministério da educação, na época (1901)

Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 11 de dezembro de 1857. Em 1873 iniciou seus estudos artísticos no Liceu de Artes e Ofícios; em 1874 matriculou-se na Academia Imperial de Belas Artes onde foi discípulo de Vitor Meireles. Em outubro de 1878 obteve o prêmio de viagem em concurso, partindo para Paris em 1879.
Matriculou-se na Ecole Nationale et Speciale des Beaux Arts em 1880, sendo discípulo de Alexandre Cabanel e Puvis de Chavannes.
Em 1887 regressou ao Rio de Janeiro, onde após uma exposição geral de seus deveres de pensionista foi, por unanimidade, eleito membro honorário da Academia Imperial de Belas Artes, sendo, em seguida, nomeado professor interino de Pintura Histórica na ausência do respectivo catedrático, Vitor Meireles. Em dezembro de 1890 foi nomeado, por decreto do Governo Provisório, Professor efetivo de Pintura a Escola Nacional de Belas Artes, para cuja reforma foi nomeado conjuntamente com Rodolpho Bernadelli.

Suas principais obras são:

Marabá, 1882
Óleo sobre tela, 151,5 x 200,5 cm.
Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.


Último Tamoyo, 1883
Óleo sobre tela, 180,3 x 261,3 cm
Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.



Estudo de Mulher, 1884

Óleo sobre tela, 150 x 200 cm
Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.



Os elogios à Rodolpho Amoedo, devem-se à sua incrível técnica de pintura, que proporcionava uma virtuosa representação das texturas dos objetos e pessoas retratadas, além do fato de ele ser um artista inteirado no tema nacionalista (sobretudo na literatura romântica indianista). Ainda assim, é evidente a dificuldade do artista em representar a anatomia humana com desenhos anatomicamente perfeitos. Seria um problema técnico do artista ou uma inovação estética? Mau desenhista ou visionário?


BELMIRO DE ALMEIDA (1858 - 1935)

Mineiro de Serro, foi pintor, desenhista, caricaturista, escultor, professor e escritor.
Iniciou seus estudos artísticos bem cedo, aos onze anos no Liceu de Artes e Ofícios e depois, matriculou-se na Academia Imperial de Belas Artes.
De tendência realista (apesar de viver em uma época que o tema valorizado era o nacionalista romântico), Belmiro de Almeida flertou com o impressionismo do Ateliê Livre. Mais tarde foi para Paris, onde sua arte ganhou aspectos ainda mais modernos.

Principais obras:

Arrufos, 1887

Óleo sobre tela, 89 x 116 cm
Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.


A Tagarela, 1893

Óleo sobre tela, 128 x 83 cm
Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.





PEDRO WEINGÄRTNER (1858 - 1929)

Esse gaúcho de Porto Alegre foi pintor, desenhista e gravador. Sua obra culmina as paisagens e nas cenas cotidianas (além de ter sido um grande retratista da aristocracia gaucha).
Infelizmente não têm tantos estudos sobre ele (ainda)!

Uma de suas obras mais conhecidas e aclamadas é o tríptico La Faiseuse d'anges, exposto em São Paulo (Pinacoteca) desde 1910. (Óleo sobre tela, 151 x 372 cm - o conjunto). (Imagem do tríptico retirada do site dezenovevinte.net)



Alguns detalhes da parte central (fotos feitas na Pinacoteca):





Só para constar, esse tríptico conta a história de uma moça que estava em uma festa de carnaval (ou algo do tipo) e que vai se encontrar com um sujeito. Na cena do meio, a mesma moça está com um bebê no colo... pensativa. Do seu lado um banquinho com uma carteira e a fralda do bebê... e do lado, uma senhora (aparentemente com pressa), tem à sua frente uma cadeira com uma mamadeira dentro de uma tijela.
Na terceira parte, vemos a velha senhora com suas moedas... mas o forno lança fumaça, e dela saem anjos. Ou seja... será que aquele dinheiro valeu a pena?
Coitado do bebê!
Enfim... uma situação bem mais comum do que nossa hipocrisia nos permite acreditar. Triste, mas real.

domingo, agosto 12, 2012

Arquitetura Paulista

Um pouco da arquitetura de São Paulo no final do século XIX e início do século XX (marcado pelo ECLETISMO)

MUSEU DO IPIRANGA (Museu Paulista)



Arquiteto: o italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi.
Construção: 1884 a 1895.
O museu foi inaugurado em 7 de setembro de 1895.
Seus jardins são uma réplica reduzida dos jardins do Palácio de Versalhes, na França.



ESTAÇÃO DA LUZ


Foi aberta ao público em 1901.
Foi construída pela São Paulo Railway Company com estruturas trazidas da Inglaterra.
Seus traços arquitetônicos copiam os Ingleses Big Ben e Abadia de Westminster.
Arquiteto: o inglês Charles Henry Driver.

TEATRO MUNICIPAL


Arquitetos: o brasileiro Ramos de Azevedo.
Construção: 1903 a 1911
Inauguração: 12 de setembro de 1911.

PINACOTECA DO ESTADO


Arquiteto: Ramos de Azevedo.
O prédio foi construído de 1897 a 1905. Era o antigo edifício do Liceu de Artes e Ofícios.
Foi o primeiro museu de artes de São Paulo.
Sofreu reformas na década de 1990, conduzidas pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha.

ESTAÇÃO JÚLIO PRESTES (Sala São Paulo)


O prédio atual é de 1926.
Sua arquitetura é inspirada nas estações norte americanas Grand Central e Pennsylvania.
Projeto de Cristiano Stockler das Neves.
Abriga, desde 1999, a sede da orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

ESTAÇÃO PINACOTECA


O prédio foi inaugurado em 1914.
Abrigou, inicialmente, a parte administrativa da Estrada de Ferro Sorocabana.
Durante o período da ditadura militar, abrigou o DEOPS (Departamento Estadual de Ordem Política e Social).
Atualmente é um espaço cultural ligado à Pinacoteca do Estado.
Arquiteto: Ramos de Azevedo.

MERCADO MUNICIPAL


Construção: 1928 - 1933
Arquiteto: Ramos de Azevedo.
Seus vitrais foram importados da Alemanha e possuem temas agrícolas e agropecuários.

CASA DAS ROSAS


Arquiteto: Ramos de Azevedo.
Construção terminada em 1935.
O palacete na Avenida Paulista foi habitado até 1988.
Em 1991 foi inaugurado o espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura.

PALÁCIO DAS INDÚSTRIAS



Arquitetos: Ramos de Azevedo.
Construído no início do século XX.
Em 1922 passa ser o prédio da prefeitura de São Paulo.
Desde 2009 abriga o Museu Catavento.

CENTRO CULTURAL DO BANCO DO BRASIL (CCBB)


O prédio é de 1901, mas só se tornou banco após uma reforma projetada pelo arquiteto Hippolyto Pujol em 1927.
Foi o primeiro prédio do Banco do Brasil em São Paulo.
Em 2001 foi inaugurado o Centro Cultural do Banco do Brasil.

CATEDRAL DA SÉ


O prédio original era do século XVI.
Construção: início em 1912 – só ficou pronto em 1954 (aniversário do 4º Centenário da cidade).
Arquiteto: Maximiliam Hehl, que era professor da Escola Politécnica.
Estilo neogótico.

quinta-feira, julho 26, 2012

Início de um projeto artístico

A 30a. Bienal está pra começar. Esse ano o tema é "A iminência das poéticas". Pelo visto será uma bienal incrível.
Apesar da exposição só ser aberta ao público dia 07/09, já estou estudando um pouco sobre os artistas que vão participar e suas poéticas e, procurando entender um pouco das intenções do curador, o venezuelano Luis Pérez Oramas

A 30a. Bienal será norteada por 7 perguntas geradoras, que agregará constelações de artistas. As perguntas são:

O que acontece cada vez que você consente?
O que acontece quando você anda?
Por que guardar?
Quando não há nada, o que vemos?
Uma coisa significa outra coisa quando muda de lugar?
O que acontece quando você festeja?
Como medir a distância que te separa do que você diz?

Pensando sobre as perguntas, sobre as obras e artistas, eu também decidi fazer a minha ação poética. Claro que algumas pessoas podem questionar o quão artístico isso é, mas não me importa. A arte contemporânea vem muito mais da intenção, da experiência, da vontade de fazer alguma coisa... seja pra si ou pro outro.


Não é a primeira vez que faço uma ação poética envolvendo minha mão. Na época da faculdade fiz uma dança (performance?) intitulada "Os trabalhos da mão", inspirada em um texto de Alfredo Bosi. Na verdade a ideia de trabalhar com isso não veio exatamente do texto, mas de um problema de saúde meu exatamente na minha mão direita.
Desde 1996 eu desenvolvi uma espécie de alergia muito séria na minha mão direita. Já fiz muitos tratamentos, usei muitas pomadas e cremes, tomei muitos remédios diferentes e elas ainda continuam aqui (a mão e a alergia). Esse problema já foi um grande problema... me impediu de fazer várias coisas que eu gostava. A dor, o sangue e a vergonha disso me fizeram me afastar de coisas que não queria ter me afastado.
Por exemplo os esportes... nunca pude jogar basquete ou vôlei direito... sempre rasgava a mão, manchava a roupa de sangue... fora a dor que não acabava no final do treino.
Também sempre quis tocar violão, até cheguei a ter um e a fazer aulas... mas era a mesma coisa, as cordas rasgavam minha mão. Cheguei a fazer aulas de piano por um tempo, mas estudar, muitas vezes, fazia com que meus dedos sangrassem... Era comum ver o teclado manchado de vermelho. A dor ficava mas eu insistia. Até que um dia parei (não só por isso, mas por isso também).
O problema fez com que eu tivesse vergonha de tocar as pessoas. Adorava o inverno porque podia usar luvas! Como isso facilitava minha vida!
Nenhum tratamento que fiz deu resultado... melhorou mas não sarou. Uma vez ouvi de uma médica do Hospital das Clínicas que eu teria que conviver com isso pelo resto da minha vida. Às vezes é fácil, às vezes é difícil... Algumas outras são engraçadas...

Sempre exitei em dizer que sou artista. Sempre me denomino arte-educadora, professora de arte... Mas talvez eu seja sim uma artista. Talvez eu realmente tenha dentro de mim uma vontade imensa de colocar algumas coisas pra fora de forma poética. E se quero fazer, é importante que meu tema seja exatamente A MÃO. A minha mão e, por que não mãos de outras pessoas.

Hoje eu começo um projeto artístico. Vou fazer um diário da minha mão. Vou pensar em alguma coisa mais elaborada e depois comento por aqui e pelo facebook... Quem sabe eu volto a usar o twitter pra isso também. Afinal, quero ser contemporânea e a rede pode me ajudar a divulgar o meu trabalho artístico (e meio que terapêutico também! hehehehe).

quinta-feira, junho 21, 2012

Técnicas de Impressão

As técnicas de impressão ajudaram a democratizar a arte na época do Renascimento. Era através dessas técnicas que cópias de grandes quadros viajavam pela Europa e influenciavam artistas. Além de ampliar o acesso às obras de arte famosas, o preço mais baixo (do que o de uma tela, por exemplo) permitia que mais pessoas pudessem adquirir obras de arte.

As técnicas mais conhecidas são a XILOGRAVURA, a LITOGRAVURA (ou litografia), a GRAVURA EM METAL e a SERIGRAFIA.

A Xilogravura é um processo de gravação em relevo que utiliza a madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre o papel. É preciso "recortar" da matriz de madeira as áreas que não se quer imprimir. O tal recorte é feito com instrumentos cortantes como o buril e o cinzel, por exemplo.


A imagem feita em xilogravura fica em negativo e espelhada. Ou seja, as linhas recortadas da madeira não serão impressas e a imagem ficará invertida.

Aqui estão alguns exemplos de xilogravuras feitas pelo famoso artista brasileiro Oswaldo Goeldi.







As imagens das xilogravuras foram retiradas do site oficial do artista:


A Gravura em metal é uma técnica que utiliza chapas de cobre ou outros metais como matriz. A gravação pode ser feita diretamente na placa, com instrumentos como o buril e a ponta-seca, ou pela corrosão com ácidos. Geralmente é usada para reproduzir desenhos de linhas finas e texturas.



Alguns exemplos de gravura em metal feitas pelo artista alemão Albert Dürer:





A litogravura (ou litografia) é um processo de impressão que utiliza uma pedra calcária como matriz e se baiseia na repulsão entre a água e as substâncias gordurosas. Ao contrário das outras técnicas de impressão, a litografia é planográfica. Isso quer dizer que o desenho é feito através da gordura aplicada sobre a superfício da pedra, e não através de fendas e sulvos na matriz, como na xilogravura ou na gravura em metal.

O processo da litogravura é bastante complexo e envolve várias questões estudadas pela química.



A litografia foi muito usada na imprensa e na publicidade nos séculos XVIII e XIX.

Aqui estão alguns exemplos das incríveis litogravuras de M. C. Esher:





Outra técnica de impressão é o Stencil (molde vazado) que tem relação com a Serigrafia comercial (aquela que é usada para fazer estampas de camisetas, por exemplo).
A ideia do stencil e da serigrafia é a mesma: utilizar um molde vazado.

Aqui estão alguns exemplos de obras feitas com essa técnica feitas pelo maior artista da Pop Art: Andy Warhol.




Essa técnica é muito usada hoje em dia na arte de rua (ou seria vandalismo??). Você já reparou pela cidade??





E ai, qual das quatro técnicas você mais gostou??

terça-feira, maio 22, 2012

Para o segundo ano II - 2012

Olá pessoal

Estou sem internet em casa e está um pouco difícil conseguir me conectar!
Por isso demorei pra colocar essa postagem e também tenho pouco tempo por aqui.

Espero que estes posts antigos possam ajudá-los.

Alguns posts tem coisinhas a mais... o importante é o que foi dado em sala de aula.

Barroco Mineiro, Aleijadinho.
http://prosalunos.blogspot.com.br/2008/04/barroco-mineiro.html

Missão Artística Francesa.
http://prosalunos.blogspot.com.br/2008/06/misso-artstica-francesa.html

Academia Imperial de Belas Artes
http://prosalunos.blogspot.com.br/2010/05/academia-imperial-de-belas-artes.html

http://prosalunos.blogspot.com.br/2008/06/academia-imperial-de-belas-artes.html

Como eu comentei com vocês, na época da AIBA, não eram só as artes visuais que entraram no esquema nacionalista, no processo de criação da identidade nacional... A literatura e a música também seguiam os mesmos valores.
Por exemplo, em 1870, estreou no teatro Scalla de Milão (Itália) a primeira ópera brasileira: "O Guarani", de Carlos Gomes - inspirada no romance homônimo de José de Alencar. Nesse post abaixo tem um vídeo com a música da abertura. Se alguém tiver curiosidade de ouvir...

http://prosalunos.blogspot.com.br/2009/11/musica-brasileira-i.html


É isso!
Espero que ajude!!!!

Beijão a todos!