sábado, maio 29, 2010

A Escola Nacional de Belas Artes

Com a Proclamação da República em 1889 a Academia Imperial de belas Artes passa por algumas mudanças. Inicialmente ela é fechada para passar por algumas reformas burocráticas. Como não se trata mais de um império, mas de uma república, o nome “Academia Imperial” não fazia mais sentido. Além disso, os rígidos cânones da pintura acadêmica foram, aos poucos, dando lugar a novas tendências importadas tardiamente da Europa. Com isso o termo “academia” também não fazia mais sentido – já que se refere à arte clássica acadêmica. Em um sentido de democracia, já que se tratava de uma República, acharam melhor mostrar que essa nova instituição pertencia ao povo brasileiro. Disso tudo saiu o novo nome da Academia Imperial de Belas Artes: ESCOLA NACIONAL DE BELAS ARTES.


A mudança no nome praticamente não saiu da questão burocrática. A escola continuava a mesma, com as mesmas aulas e os mesmos professores. Claro que no final do século XIX, mesmo no Brasil, era difícil se manter longe das novas tendências que já dominavam a Europa e, portanto, alguns pensamentos foram incorporados, como o plein aire (pintura ao ar livre) desenvolvido pelos impressionistas.

A presença desses novos padrões estéticos pode ser observada nas produções de Rodolpho Amoedo (1857-1941) que, em obras como Más notícias, revela afinidades com a obra de Manet e Cena de café, em que se aproxima de Degas. A transição marcou também outros trabalhos, como os de Belmiro de Almeida (1858-1935), sensível ao Pontilhismo e a Art Nouveau, e os de Artur Timóteo da Costa (1882-1923), evidenciando propostas impressionistas.

O artista mais importante desse período de transição foi Eliseu Visconti, que foi o último artista oficial antes dos modernistas. Divulgou suas idéias pós-impressionistas e da Art Nouveau em seus trabalhos para o Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Sua tela Gioventu (1898) foi muito aclamada na Europa, onde chegou a ser comparada com a Monalisa de Da Vinci.

Eliseu Visconti se aproximou de vários estilos de sua época, transitando entre várias formas de expressão. “Sem pesquisa, sem procura, não pode existir nenhuma criação nova” Eliseu Visconti.



Gioventu (1898)
Óleo sobre tela, 65 x 49 cm.
Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes.

5 comentários:

Mailson Furtado disse...

Excelente post!!! Excelente blog...

PArabéns...

Acesse o meu... http://mailsonfurtado.blogspot.com

Taciana disse...

Obrigada!

Raul Campani disse...

Muito legal este seu blog, ótimo para quem adora arte como eu.
Dê uma olhada no meu, também escrevo sobre arte: http://www.campanicultural.com.br
Um abraço!

Taciana disse...

Obrigada Raul. Vou lá olhar o seu. Abraço!

Sr Atelier disse...

Parabens adorei o blog.
confira o blog deste grupo que tambem adora arte como vc.
Boa sorte.
Um abraço.
Augusto
http://grupoartecarioca.blogspot.com/