quinta-feira, setembro 20, 2007

TEATRO NO BRASIL

As primeiras manifestações teatrais européias chegaram ao Brasil através dos Jesuítas, entre os séculos XVI e XVII. Eram autos religiosos representados ao ar livre, nas praças ou na frente das igrejas, destinados à conversão dos nativos e à pregação moral para os europeus. Encenavam-se os mistérios da Paixão de Cristo e a vida dos santos, de acordo com a tradição medieval. A essas representações, misturavam-se, às vezes, elementos indígenas: na intenção de catequizar, o teatro jesuíta fazia das divindades indígenas a encarnação do mal, opondo-as aos santos. Os únicos registros dramaturgicos desse período são do missionário e poeta José de Anchieta.

O TBC



Papel importante teve o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), primeira companhia de teatro brasileira, cujo principal trabalho se desenvolveu na década de 50. Fundado em 1948 pelo empresário Franco Zampari, o TBC formou uma geração de atores profissionais. O teatro recebia ajuda financeira das classes abastadas, atraindo profissionais de gabarito que fugiam da Europa abalada pela guerra. O TBC mantinha sob contrato um elenco formado pelos melhores atores da nova geração (Tônia Carreiro, Paulo Autran, Cacilda Becker, Adolfo Céli, Maria Della Costa, Walmor Chagas, Cleide Yáconis entre outros), logo a vida teatral daquela época passou a girar em torno dele.
O TBC é o empreendimento que, ao longo de seus 16 anos de existência, transforma o rumo da cena nacional. A partir da experiência desta companhia consolida-se o advento da encenação moderna no país; a profissionalização dos atores; a simbiose entre divertimento e cultura, sem nunca perder de vista a questão da produtividade a partir do faturamento da bilheteria; o treinamento e formação do ator no sentido da subordinação à intenção do espetáculo, ou seja dos parâmetros da encenação (a visão do diretor); como também o projeto da casa de espetáculos agregando uma oficina de produção teatral (ateliê, guarda-roupa, marcenaria, arquivo).  

O ARENA

“Eles não usam black-tie”, de Gianfrancesco Guarniere estreou em São Paulo em 1958. A montagem foi feita pelo Teatro de Arena e teve a direção de José Renato.
Com origem nos anos 1950, o Arena torna-se o mais ativo disseminador da dramaturgia nacionalista que domina os palcos nos anos 1960, aglutinando expressivo contingente de artistas comprometidos com o teatro popular.
Abordando problemas sociais decorrentes do processo de industrialização do país, “Eles não usam black-tie”, de certa forma, inaugura nossa dramaturgia social urbana.

2 comentários:

laura disse...

isso ajudou muito minha tarefa de casa! Foi o resultado mais parecido com que eu estava precisando! Minha pesquisa ficou diva!

Taciana disse...

Que bom que pude te ajudar! Fico feliz! Essa é a função desse blog! Obrigada pela visita.