segunda-feira, novembro 07, 2011

Ao segundo 2011

Mais um ano está acabando!
Já estou ficando com saudade das turmas que me acompanharam durante esse ano! Muita gente do bem, muita gente que vai ficar pra sempre na minha lembrança!

Para acabar o ano, nada melhor que mais uma prova de artes!

Lembrem-se que esta será a última prova toda de artes de vocês... então, tenham atenção, leiam com cuidado. Não fiquem afobados nem nervosos.

Quem prestou atenção nas aulas vai tirar de letra!

Para quem precisar de ajuda, aqui no blog tem muitas coisas que podem ajudá-los.

Lembrem-se que o assunto da prova é TODO o século XX. Apesar de parecer MUITA COISA, é tranquilo! Além disso, eu preciso ter certeza que vocês entenderam as coisas mais importantes.

Lembrem-se que mesmo depois dessa prova, podem contar sempre comigo!

Voltem ao blog sempre que precisarem lembrar alguma coisinha de arte (porque como já disse pra vocês, isso está sendo cada vez mais cobrado nos vestibulares - e como muita gente não tem aulas de história da arte na escola, vocês podem ter um diferencial!!!)

Além disso, espero ter conseguido plantar a sementinha da arte em vocês!!! Visitem exposições, vejam mais filmes, observem mais a cidade... Ouçam mais música, dancem mais, vejam peças de teatro! Saiam da rotina!!! Sobretudo no próximo ano, quando vocês serão submetidos a um estresse imenso! (a arte pode ajudá-los a relaxar! hehehehehe)



Alguns links do blog que podem ser úteis pra PF:

http://prosalunos.blogspot.com/2011/11/teoria-do-nao-objeto.html

http://prosalunos.blogspot.com/2011/11/cronologia-arte-brasileira-do-seculo-xx.html

http://prosalunos.blogspot.com/2008/08/arte-contempornea-brasileira.html

http://prosalunos.blogspot.com/2010/11/terceira-geracao-modernista-pos.html

http://prosalunos.blogspot.com/2008/08/segunda-gerao-modernista.html

Vejam as anotações do caderno! Elas também serão bem úteis!!!!

Boa prova a todos!

Ah, eu queria compartilhar com vocês uma coisa muito bonitinha que tem muito a ver com o que eu sinto nesse momento!!!

http://www.youtube.com/watch?v=dan6g5a3Dgg&feature=related
vejam! (talvez alguns achem meio breguinha... mas é lindinho!)



Somewhere out there
Beneath the pale moonlight
Someone's thinking of me
And loving me tonight
Somewhere out there
Somone's saying a prayer
That we'll find one another
In that big somewhere out there
And even though I know how very far apart we are
It helps to think we might be wishing on the same bright star
And when the night wind starts to sing a lonesome lullaby
It helps to think we're sleeping underneath the same big sky
Somewhere out there
If love can see us through
Then we'll be together
Somewhere out there
Out where dreams come true

Esterei sempre com vocês!
Grande abraço!


sexta-feira, novembro 04, 2011

Teoria do Não-objeto

O não-objeto está relacionado ao NEOCONCRETISMO, movimento que surgiu no Rio de Janeiro em 1959 (e que foi desenvolvido nos anos 60).

A arte neoconcreta busca uma ruptura com os gêneros tradicionais da arte e anuncia novas formas de manifestações artísticas.

As principais características do não-objeto, segundo Ferreira Gullar são:

- O não-objeto repele as noções acadêmicas de gênero artístico.

- Não se esgota nas referêcias de uso e sentido porque não possui utilidade prática, ao contrário dos objetos.

- É um ser íntegro, que dispensa intermediários na relação com o sujeito.

- Não é representação de nada, é presentação, aparecimento primeiro de uma forma.

- Transcende o espaço em que se insere, trabalha e refunda o mesmo espaço transformando-o.

- Só se completa com a ação do espectador, que passa de passivo para ativo.

Na arte neoconcreto é muito comum acontecer a fusão de mais de uma linguagem. Em alguns Penetráveis de Hélio Oiticica, por exemplo, temos música... em alguns Parangolés, poesia (além do fato deles proporem a dança). Para o próprio Hélio Oiticica "Não há mais possibilidade de existir estilo, ou a possibilidade de existir uma forma de expressão unilateral como a pintura, a escultura departamentalizada. Só existe o grande mundo da invenção" (1979, entrevista a Ivan Cardoso, citado em Celso Favaretto, A invenção de Hélio Oiticica)

É importante ficar claro que o "não-objeto" não é um anti-objeto ou um objeto negativo. Mas um objeto especial que pretende realizar a síntese de experiências sensoriais e mentais.

Alguns exemplos de "não-objetos" de Lygia Clark:



Nós e um Ninho de Hélio Oiticica (29a. Bienal de São Paulo)


Pra quem não lembra:

incêndio do acervo de Hélio Oiticica

Cronologia: arte brasileira do século XX

1917 - Exposição "bombástica" de Anita Malfatti. (A que foi criticada por Monteiro Lobato no texto "Paranoia ou Mistificação").


--> Nesse mesmo ano aconteceu o primeiro registro fonográfico de um samba! Foi a música "pelo telefone", de Donga e Mário de Almeida.


1922 - Comemoração do centenário da independência do Brasil.
Aconteceu a Semana de Arte Moderna (em fevereiro, no teatro municipal de São Paulo).
Oswald de Andrade publicou "Os condenados" e Mario de Andrade "Paulicéia Desvairada".


1923 - Lasar Segall volta ao Brasil (com intenção de ficar por aqui).

Nesse mesmo ano foi fundada a primeira rádio brasileira: a RÁDIO SOCIEDADE DO RIO DE JANEIRO.

1924 - Primeira exposição "modernista" de Lasar Segall (em 1913 ele veio ao Brasil e fez uma exposição de arte expressionista - mas ele ainda não estava ligado ao movimento modernista brasileiro).

1926 - Primeira exposição individual do escultor Victor Brecheret.


Nesse mesmo ano Marinetti (o criador do futurismo italiano) veio ao Brasil. Ele era amigo de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.


1927 - Mario de Andrade fez uma longa viagem pela Amazônia para fazer registros antropológicos.


1928 - Tarsila do Amaral pintou "O Abaporu". Oswald de Andrade, inspirado nessa obra, publicou o "Manifesto Antropofágico".
A antropofagia na arte é a ideia de devorar a cultura do outro para criar a sua. Misturar elementos de culturas diferentes (inclusive de regiões brasileiras que não faço parte) com a minha realidade.




Nesse mesmo ano Mário de Andrade publica "Macunaíma".


Entre 1928 e 1929 Mário de Andrade viajou pelo nordeste brasileiro para recolher músicas, danças e o folclore da região.


Portinari (que ainda era acadêmico) foi para a Europa estudar arte acadêmica.


1930 - Golpe de Estado - Getúlio Vargas na presidência.
Carmem Miranda lançou seu primeiro sucesso: "Tá aí!"
http://youtu.be/V6v7HFVjObk
Ela participa de algumas montagens musicais da cia. cinematográfica Cinédia (fundada nesse mesmo ano).


1931 - Primeira experiência performática na arte brasileira com Flavio de Carvalho.


Nesse mesmo ano Portinari voltou ao Brasil e começou sua série nacionalista.

Mario de Andrade e Oswald de Andrade brigam (e rompem relações).

1932 - Revolução Constitucionalista em São Paulo.

1935 - Surgimento do grupo Santa Helena.
Este foi um grupo de artistas mais pobres (a maioria auto-didata) de São Paulo. Participaram do grupo Alfredo Volpi e Francisco Rebolo.

Cândido Portinari foi premiado nos Estados Unidos pela obra "Café". A partir dai ele se tornou mundialmente conhecido.

1936 - Projeto do edifício do ministério da educação e da saúde pública (hoje MEC) no Rio de Janeiro, Este foi o primeiro projeto de grande porte de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.
Nesse prédio o paisagismo é de Burle Max, os murais são de Cândido Portinari e as esculturas de Bruno Giorgi e Celso Antonio.

1937 - Oswald de Andrade escreveu duas peças de teatro: "A morta" e "O Rei da Vela".

1938 - "Vidas Secas", de Graciliano Ramos.

1939 - Foi criado o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda): órgão do governo responsável por analisar tudo o que fosse escrito e publicado, ou seja, censura.

1940 - Exposição individual de Cândido Portinari no MOMA, em Nova York.

1941 - Criação da Atlântida - companhia cinematográfica que realizou as famosas "Chanchadas".

1942 - Lançamento do Conjunto da Pampulha, obra de Oscar Niemeyer encomendada por Juscelino Kubitschek.

No projeto da Pampulha o paisagismo é de Burle Max e os murais de Portinari.

1943 - Montagem de "Vestido de Noiva", com a companhia carioca "Os Comediantes", com direção do polonês Ziembinsky. Essa montagem é considerada o marco inicial do teatro moderno brasileiro.

1944 - Primeira exposição individual de Alfredo Volpi.

1945 -  Morte de Mário de Andrade (ele ainda estava brigado com Oswald de Andrade, que ficou muito comovido com a morte, sentindo-se arrependido).

1947 - Fundação do MASP, Museu de Arte de São Paulo.

1948 - Fundação do MAM (Museu de Arte Moderna) do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Nesse ano também foi fundado o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), em São Paulo. Esta foi a primeira companhia teatral profissional do Brasil. Fizeram parte de seu elenco grandes atores brasileiros como Fernanda Montenegro, Cacilda Becker, Paulo Autran, Raul Cortez, Tônia Carrero, etc.

1949 - Fundação da Companhia Cinematográfica Vera Cruz (São Bernardo do Campo, SP).

1950 - Primeiro canal de TV do Brasil (São Paulo), a TV Tupi - foi criada pelo empresário e jornalista Assis Chatobrian.

São lançados os primeiros filmes da Vera Cruz.

1951 - Primeira exposição concretista em São Paulo (do artista Max Bill).

Aconteceu também a Primeira Bineal Internacional de Arte de São Paulo.

1952 - Criação do grupo Ruptura, de São Paulo.
Lembrando que os concretistas faziam obras de arte abstratas geométricas.

1953 - O filme "O Cangaceiro", de Lima Barreto (produzido pela Vera Cruz) ganha o prêmio de melhor filme no Festival de Cannes (França). Com o sucesso no festival, o filme foi levado para mais de 80 países, foi vendido para a Columbia Pictures. Só na França, ficou 5 anos em cartaz!



1954 - Criação do grupo Frente, do Rio de Janeiro - que também era concretista.
Morte de Oswald de Andrade.
Inauguração do Parque do Ibirapuera.

1956 - Portinari conclui os painéis "Guerra" e "Paz", para a sede da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York.

1958 - Início da Bossa Nova no Rio de Janeiro, mistura de samba com jazz e música erudita. Principais representantes: João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes.

1959 - Primeira exposição neoconcreta no MAM do Rio de Janeiro.
Manifesto Neoconcreto de Ferreira Gullar.

1960 - Inauguração de Brasília.

1964 - Golpe Militar.
Primeiro "Bicho" da Lygia Clark.

"Deus e o diabo na terra do sol", de Glauber Rocha (Cinema Novo).

1965 - Primeiro festival da Música Brasileira. O primeiro lugar ficou com a música "Arrastão", de Edu Lobo e Vinícius de Moraes, interpretada por Elis Regina.

O programa "Jovem Guarda" começa a ser exibido na TV. O programa era comandado por Roberto carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa.

Hélio Oiticica é expulso do MAM-RJ por levar um grupo de integrantes da Mangueira (escola de samba) vestidos com Parangolés.

1966 - Segundo festival da Música Brasileira. O primeiro lugar ficou com a música "A Banda", de Chico Buarque de Holanda, interpretado por ele mesmo e Nara Leão.

1967 - Terceiro festival da Música Brasileira, o festival da virada. Este foi o mais importante de todos os outros festivais. Foi nesse festival que apareceram os tropicalistas.

Lançamento do disco Tropicália.
Vídeo sobre o movimento tropicalista AQUI.
"Terra em Transe", de Glauber Rocha (Cinema Novo).

1968 - AI-5

terça-feira, outubro 18, 2011

QUARTO CONJUNTO

Algumas coisinhas que já estão aqui no Blog que podem ser úteis para a prova.
Alguns post estão falando de mais coisas que eu mostrei em sala de aula... mas fiquem calmos, só o que eu comentei em aula cairá na prova!!!

SEMANA DE ARTE MODERNA (clique)

Tarsila do Amaral


Lembrem-se que Tarsila do Amaral não participou da Semana de Arte Moderna em 1922 - ela estava em Paris. Só depois, em 1923 ela começa a fazer parte do Modernismo Brasileiro.

Manifesto Antropofágico (escrito por Oswald de Andrade inspirado pela obra "Abaporu" de Tarsila do Amaral):



É importante lembrar do gesto antropófago, da deglutição! Comer, devorar o outro para criar o seu! (e esse "outro" não é só o europeu, mas qualquer outro... sobretudo o simples, o brasileiro).

"TUPI OR NOT TUPI, THAT IS THE QUESTION."
 
SEGUNDA GERAÇÃO MODERNISTA (clique)

TERCEIRA GERAÇÃO MODERNISTA (clique)


segunda-feira, agosto 29, 2011

Fotografias famosas - I

Estas são algumas das fotografias mais famosas do mundo. Não estão em uma ordem de preferência ou de importância. Mais tarde eu coloco outras que também são muito importantes!


A imagem de Che Guevara
A famosa foto de Che Guevara, conhecida formalmente como "Guerrilheiro Heróico" foi tirada por Alberto Korda em 5 de março de 1960 quando Guevara tinha 31 anos num enterro de vítimas de uma explosão. Foi publicada somente em 1967.O Instituto de Arte de Maryland - EUA denominou-a "A mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do século XX". É uma das imagens mais reproduzidas em toda a história. Até hoje jovens de ideais de esquerda utilizam essa imagem em camisetas, botons e bandeiras.



A menina do Vietnã
Em 8 de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm (uma arma química que faz com que o corpo queime e a pele derreta por conta disso).  Kim Phuc e sua família estavam por lá. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem.
Depois, Nic levou a garotinha para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele.
Qualquer pessoa que vê essa fotografia, mesmo que menos sensível, poderá ver a profundidade do sofrimento, a desesperança, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças.
Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com 2 filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.






A menina Afegã
Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em junho de 1984. Essa foto foi feita no acampamento de refugiados Nasir Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética. Essa foto foi publicada na capa da National Geographic em junho de 1985 e, devido a seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista e do mundo.
No entanto, naquele tempo ninguém sabia o nome da garota. O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca à jovem que durou exatos 17 anos. Em janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos. Ela regressou ao Afeganistão em 1992. O resultado desse encontro pode ser visto também na revista National Geographic.





Einstein
Apesar de muita gente, graças a essa foto, pensar em Einstein como um sujeito simpático e brincalhão, a história dessa foto é um tanto diferente. Ela foi feita em 14 de Março de 1951 pelo fotógrafo Arthur Sasse, que foi o único que captou o momento, apesar de que Einstein estivesse rodeado de vários fotógrafos. O fato de estar cercado de jornalistas causou a tal careta do físico. Ele tinha acabado de ser homenageado por seu aniversário de 72 anos e já estava de saco cheio com o tanto de gente em sua volta. Por causa da perseguição dos fotógrafos e repórteres que pediam que ele tirasse fotos e mais fotos, ele começou a gritar "Basta!, muito bravo, e mostrou a língua com o intuito de estragar as fotos. Mas, no fim, o resultado não foi exatamente esse, já que essa acabou sendo sua imagem mais famosa.



O beijo do Hotel de Ville
Esta bela foto, que data de 1950, é considerada como a mais vendida da história. Isto se deve à intrigante história com a que foi descrita durante muitos anos: contam que esta foto foi tirada ao acaso por Robert Doisneau enquanto estava sentado tomando um café. Ele fazia várias fotos aleatórias das pessoas que passavam e captou esta imagem de amantes beijando-se com paixão enquanto caminhavam no meio da multidão.
Esta foi a história que se conheceu durante muitos anos até 1992, até que dois impostores se fizeram passar pelo casal protagonista. Doisneau ficou indignado pela falsa declaração e acabou revelando a história original, que a fotografia não tinha sido tirada ao acaso, mas que ele tinha pedido a um casal que passava para posarem para ele. O fotógrafo, inclusive, tinha lhes enviado uma cópia da foto como agradecimento.
55 anos depois Françoise Bornet (a mulher do beijo) reclamou os direitos de imagem das cópias desta foto e recebeu 200 mil dólares!




O beijo da Time Square
Essa famosa foto do beijo da Time Square foi feita por Victor Jorgensen em 14 de Agosto de 1945. Um soldado da marinha norte-americana estava beijando apaixonadamente uma enfermeira. O que é fora do comum para aquela época é que os dois personagens não eram um casal, eram perfeitos estranhos que haviam acabado de encontrar-se. Essa fotografia é considerada uma analogia da excitação e paixão que significa regressar a casa depois de passar uma longa temporada fora, como também a alegria experimentada ao final de uma guerra.






Triunfo dos Aliados
Nessa fotografia um soldado Russo agita a bandeira soviética no alto de um prédio após a vitória dos aliados na Segunda Guerra Mundial. A foto demorou a ser publicada pois as autoridades Russas quiseram modificá-la. A bandeira era na verdade uma toalha de mesa vermelha e o soldado aparecia com dois relógios no pulso, o que indicava um provável furto.




A bandeira americana em Iwo Jima
Esta é uma importante fotografia histórica que foi feita em 23 de fevereiro de 1945, por Joe Rosenthal. Ela apresenta cinco fuzileiros navais e um da Marinha dos EUA levantando a bandeira americana no topo do Monte Suribachi durante a Batalha de Iwo Jima na Segunda Guerra Mundial.





O homem do tanque de Tiananmen
Também conhecida como o "Rebelde Desconhecido", mostra um jovem anônimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República Popular Chinesa.
A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante (certamente morto horas depois) interpôs se a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem arriscando a vida para opor-se a um esquadrão militar.
Na China, a imagem foi usada pelo governo como símbolo do cuidado dos soldados do Exército Popular de Libertação para proteger o povo chinês: apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazê-lo! Ok, senta lá Claudia!!! hehehehe



The Falling Man
Esta é uma fotografia tirada por Richard Drew durante os atentados do 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas do WTC em Nova York. Na imagem pode-se ver um homem caindo de uma das torres (nitidamente ele se jogou lá do alto - como tantas outras pessoas, quando perceberam o que estava acontecendo). Sua publicação pouco depois dos atentados irritou a certos setores da opinião pública norte-americana. A maioria dos meios de comunicação se auto-censurou, preferindo mostrar unicamente fotografias de atos de heroísmo e sacrifício.




Abbey Road
Esta é a mais famosa foto feita dos Beatles. Tirada em 1969 na rua de mesmo nome, em Londres, na frente do estúdio onde o album Abbey Road foi gravado, em 8 de agosto de 1969 por Iain Macmillan. A foto foi objeto de rumores e teorias de que Paul estaria morto, vítima de um acidente de carro em 1966. Apesar de ter sido apenas uma brincadeira e puro marketing do grupo, a lenda ainda é assunto de alguns beatlemaníacos. A foto conteria supostas "pistas" que dariam força ao rumor de que Paul estava morto: Paul está descalço (segundo ele, aquele dia fazia muito calor, e ele não estava aguentando ficar com nada nos pés), fora de passo com os outros, está de olhos fechados, tem o cigarro na mão direita, apesar de ser canhoto, e a placa do fusca, em inglês, "beetle" estacionado é "LMW" referindo se as iniciais de "Linda McCartney Widow" ou "Linda McCartney Viúva" e abaixo o "281F", supostamente referindo-se ao fato de que McCartney teria 28 anos se (if em inglês) estivesse vivo. (O I em "28IF" é realmente um "1", mas isso é difícil de se ver na capa. Um contra-argumento é que Paul tinha somente 27 anos no momento da publicação de Abbey Road, embora alguns interpretem isso como ele teria um dia 28 anos se ele estivesse vivo.) Os quatro Beatles na capa, segundo o mito "Paul está morto", representariam o Padre (John, cabelos compridos e barba, vestido de branco), o responsável pelo funeral (Ringo, em um terno preto), o Cadáver (Paul, em um terno, mas descalço - como um corpo em um caixão), e o coveiro (George, em jeans e uma camisa de trabalho denim). Além disso há um outro carro estacionado, de cor preta, de um modelo usado para funerais e eles andam em direção a um cemitério próximo a Abbey Road. Notem também que atrás do Paul tem um carro como se estivesse passado pelo mesmo lugar que ele está. Outra suposta pista seria que na contra-capa do álbum, ao lado esquerdo da palavra Beatles, teria 8 pontos formando o número 3 (sendo então "3 Beatles"). O homem de pé na calçada, à direita, é Paul Cole, um turista dos EUA que só se deu conta que estava sendo fotografado quando viu a capa do álbum meses depois. Obviamente que se o Paul da capa fosse um sósia, convenhamos que seria um sósia muito talentoso, pois esse grande disco e o restante da carreira de McCartney revelam o grande artista que ele é!!! Além disso, ele veio recentemente ao Brasil e fez shows sensacionais... hahahahahahaha! Bom esse sócia, né!?






Espreitando a morte
Essa é uma das fotos mais famosas quando o assunto são aqueles emails sentimentais sobre a fome no mundo. Ela foi tirada em 1994 pelo fotógrafo sudanês Kevin Carter. Com essa fotografia 
tirada na região de Ayod (uma pequena aldeia em Suam), ele ganhou o prêmio Pulitzer de fotojornalismo.

A figura esquelética de uma pequena menina, totalmente desnutrida, recostando-se sobre a terra, esgotada pela fome, e a ponto de morrer, enquanto num segundo plano, um abutre se encontra espreitando e esperando o momento preciso da morte da garota.
Quatro meses depois, abrumado pela culpa e conduzido por uma forte dependência às drogas, Kevin Carter suicidou-se.




Até mais!


sexta-feira, agosto 19, 2011

Arte Moderna

O que é arte moderna?
Para muitos teóricos, o início da Arte Moderna se dá em 1860 com o Impressionismo e vai até a Segunda Guerra Mundial. Argan, em seu importante livro "A Arte Moderna" já chama de modernos os movimentos a partir do romantismo, que para ele é o início do pensamento modernista.
A arte moderna é uma atitude do artista que já não se preocupa com regras e encomendas. Faz sua arte por que quer e não porque alguém (ou alguma instituição lhe encomendou).

e outro Link, outro post.

Na Europa, chamamos de Arte Moderna os movimentos da primeira metade do século XX que ficaram conhecidos como VANGUARDAS ARTÍSTICAS. Apesar de termos vários movimentos, sete deles tem destaque:

nAbstracionismo
nDadá

O que há de novo nessa arte?
A ruptura com a tradição, desmistifica a própria arte e nega a ilusão da arte tradicional, assumindo os materiais (ou seja, as pinceladas não são escondidas... a tela, em alguns casos, perde a moldura e é assumida... etc)

Mas não se esqueça que, apesar das mudanças, a arte moderna mantém os mesmos suportes da arte tradicional (óleo sobre tela, por exemplo!) e também as mesmas linguagens continuam sendo desenvolvidas (pintura, escultura, gravura, etc).

O primeiro museu voltado exclusivamente para a arte moderna no mundo foi o MOMA de Nova York.
MOMA OFICIAL

Aqui no Brasil, a primeira exposição modernista aconteceu em 1913 com o artista lituano Lasar Segall (que era expressionista na ocasião).

Algumas obras de Segall:

Asilo de velhos, 1909


Vilna e eu, 1910


Aldeia Russa, 1912

Em 1917, a artista Anita Malfatti realiza a primeira exposição modernista brasileira. Tal exposição foi um escândalo, sobretudo, graças à crítica de Monteiro Lobato, "Paranoia ou mistificação", publicada no jornal O Estado de São Paulo.

A crítica, muito pesada (não só à exposição, mas à arte moderna de modo geral) fez com que os modernistas se juntassem forças para tentar mostrar / explicar à sociedade o que é arte moderna. Uma das consequências disso foi, anos mais tarde, a Semana de Arte Moderna.

Outra coisa é importante é conseguir comparar obras tradicionais e modernas. No caso, trago uma análise comparativa entre arte acadêmica e impressionista. CLIQUE AQUI!!!!

Prestem atenção nos links! Eles levam para vários outros posts que podem ser bem úteis, com imagens e mais explicações.

terça-feira, agosto 09, 2011

Paranoia ou mistificação (mais uma vez)

PARANOIA OU MISTIFICAÇÃO
Monteiro Lobato
Estado de São Paulo, 20/12/1917

Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêm as coisas e em consequência fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres.
Quem trilha esta senda, se tem gênio é Praxiteles na Grécia, é Rafael na Itália, é Reynolds na Inglaterra, é Dürer na Alemanha, é Zorn na Suécia, é Rodin na França, é Zuloaga na Espanha. Se tem apenas talento, vai engrossar a plêiade de satélites que gravitam em torno desses sóis imorredouros.
A outra espécie é formada dos que vêm anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos de decadência; são frutos de fim de estação, bichados ao nascedouro. Estrelas cadentes, brilham um instante, as mais das vezes com a luz do escândalo, e somem-se logo nas trevas do esquecimento.
Embora se dêem como novos, como precursores de uma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu como a paranóia e a mistificação.
De há muito que a estudam os psiquiatras em seus tratados, documentando-se nos inúmeros desenhos que ornam as paredes internas dos manicômios.
A única diferença reside em que nos manicômios essa arte é sincera, produto lógico dos cérebros transtornados pelas mais estranhas psicoses; e fora deles, nas exposições públicas zabumbadas pela imprensa partidária mas não absorvidas pelo público que compra, não há sinceridade nenhuma, nem nenhuma lógica, sendo tudo mistificação pura.
Todas as artes são regidas por princípios imutáveis, leis fundamentais que não dependem da latitude nem do clima.
As medidas da proporção e do equilíbrio na forma ou na cor decorrem do que chamamos sentir. Quando as coisas do mundo externo se transformam em impressões cerebrais, “sentimos”. Para que sintamos de maneira diversa, cúbica ou futurista, é forçoso ou que a harmonia do universo sofra completa alteração, ou que o nosso cérebro esteja em desarranjo por virtude de algum grave destempero.
Enquanto a percepção sensorial se fizer no homem normalmente, através da porta comum dos cinco sentidos, um artista diante de um gato não poderá “sentir” senão um gato; e é falsa a “interpretação” que o bichano fizer do totó, um escaravelho ou um amontoado de cubos transparentes.
Estas considerações são provocadas pela exposição da sra. Malfatti, onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso & Cia.
Essa artista possui um talento vigoroso, fora do comum. Poucas vezes, através de uma obra torcida em má direção, se notam tantas e tão preciosas qualidades latentes. Percebe-se, de qualquer daqueles quadrinhos, como a sua autora é independente, como é original, como é inventiva, em que alto grau possui umas tantas qualidades inatas, das mais fecundas na construção duma sólida individualidade artística.
Entretanto, seduzida pelas teorias do que ela chama arte moderna, penetrou nos domínios de um impressionismo discutibilíssimo, e pôs todo o seu talento a serviço duma nova espécie de caricatura.
Sejamos sinceros: futurismo, cubismo, impressionismo e tutti quanti não passam de outros ramos da arte caricatural. É a extensão da caricatura a regiões onde não havia até agora penetrado. Caricatura da cor, caricatura da forma – mas caricatura que não visa, como a verdadeira, ressaltar uma idéia, mas sim desnortear, aparvalhar, atordoar a ingenuidade do espectador.
A fisionomia de quem sai de uma de tais exposições é das mais sugestivas.
Nenhuma impressão de prazer ou de beleza denunciam as caras; em todas se lê o desapontamento de quem está incerto, duvidoso de si próprio e dos outros, incapaz de raciocinar e muito desconfiado de que o mistificaram grosseiramente.
Outros, certos críticos, sobretudo, aproveitam a vasa para “épater le bourgeois” (chocar o burguês). Teorizam aquilo com grande dispêndio de palavreado técnico, descobrem na tela intenções inacessíveis ao vulgo, justificam-nas com a independência de interpretação do artista; a conclusão é que o público é uma besta e eles, os entendidos, um grupo genial de iniciados nas transcedências sublimes duma Estética Superior.
No fundo, riem-se uns dos outros – o artista do crítico, o crítico do pintor. É mister que o público se ria de ambos.
“Arte moderna”: eis o escudo, a suprema justificação de qualquer borracheira.
Como se não fossem moderníssimos esse Rodin que acaba de falecer, deixando após si uma esteira luminosa de mármores divinos; esse André Zorn, maravilhoso virtuose do desenho e da pintura; esse Brangwyn, gênio rembrandtesco da babilônia industrial que é Londres; esse Paul Chabas, mimoso poeta das manhãs, das águas mansas e dos corpos femininos em botão.
Como se não fosse moderna, moderníssima, toda a legião atual de incomparáveis artistas do pincel, da pena, da água-forte, da “ponta-seca”, que fazem da nossa época uma das mais fecundas em obras primas de quantas deixaram marcos de luz na história da humanidade.
Na exposição Malfatti figura, ainda, como justificativa da sua escola, o trabalho de um “mestre” americano, o cubista Bolynson. É um carvão representando (sabe-se disso porque o diz a nota explicativa) uma figura em movimento. Ali está entre os trabalhos da sra. Malfatti em atitude de quem prega: eu sou o ideal, sou a obra prima; julgue o público do resto, tomando-me a mim como ponto de referência.
Tenhamos a coragem de não ser pedantes; aqueles gatafunhos não são uma figura em movimento; foram isto sim, um pedaço de carvão em movimento. O sr. Bolynson tomou-o entre os dedos das mãos, ou dos pés, fechou os olhos e fê-lo passear pela tela às tontas, da direita para a esquerda, de alto a baixo. E se não fez assim, se perdeu uma hora da sua vida puxando riscos de um lado para outro, revelou-se tolo e perdeu o tempo, visto como o resultado seria absolutamente igual.
Já em Paris se fez uma curiosa experiência: ataram uma brocha à cauda de um burro e puseram-no de traseiro voltado para uma tela. Com os movimentos da cauda do animal a brocha ia borrando um quadro...
A coisa fantasmagórica disso resultante foi exposta como um supremo arrojo da escola futurista, e proclamada pelos mistificadores como verdadeira obra prima que só um ou outro raríssimo espírito de eleição poderia compreender.
Resultado: o público afluiu, embasbacou, os iniciados rejubilaram – e já havia pretendentes à compra da maravilha quando o truque foi desmascarado.
A pintura da sra. Malfatti não é futurista, de modo que estas palavras não se lhe endereçam em linha reta; mas como agregou à sua exposição uma cubice, queremos crer que tende para isso como para um ideal supremo.
Que nos perdoe a talentosa artista, mas deixamos cá um dilema: ou é um gênio o sr. Bolynson e ficam riscadas desta classificação, como insignes cavalgaduras cortes inteiras de mestres imortais, de Leonardo a Rodin, de Velazquez a Sorolla, de Rembrandt a Whistler, ou... vice versa. Porque é de todo impossível dar o nome de obra d’arte a duas coisas diametralmente opostas como, por exemplo, a “Manhã de Setembro” de Chabas e o carvão cubista do sr. Bolynson.
Não fosse profunda a simpatia que nos inspira o belo talento da sra. Malfatti, e não viríamos aqui com esta série de considerações desagradáveis. Como já deve ter ouvido numerosos elogios à sua nova atitude estética, há de irritá-la como descortês impertinência a voz sincera que vem quebrar a harmonia do coro de lisonjas.
Entretanto, se refletir um bocado verá que a lisonja mata e a sinceridade salva.
O verdadeiro amigo de um pintor não é aquele que o entontece de louvores; sim, o que lhe dá uma opinião sincera, embora dura, e lhe traduz chãmente, sem reservas, o que todos pensam dele por detrás.
Os homens têm o vezo de não tomar a sério as mulheres artistas. Essa é a razão de as cumularem de amabilidades sempre que elas pedem opinião.
Tal cavalheirismo é falso; e sobre falso nocivo. Quantos talentos de primeira água não transviou, não arrastou por maus caminhos, o elogio incondicional e mentiroso? Se víssemos na Sra. Malfatti apenas a “moça prendada que pinta”, como as há por aí às centenas, calar-nos-íamos, ou talvez lhe déssemos meia-dúzia desses adjetivos bombons que a crítica açucarada tem sempre à mão em se tratando de moças.
Julgamo-la, porém, merecedora da alta homenagem que é ser tomada a sério e receber a respeito de sua arte uma opinião sinceríssima – e valiosa pelo fato de ser o reflexo da opinião geral do público não idiota, dos críticos não cretinos, dos amadores normais, dos seus colegas de cabeça não virada – e até dos seus apologistas.
Dos seus apologistas, sim, dona Malfatti, porque eles pensam deste modo... por trás.

domingo, maio 22, 2011

Segundo Conjunto 2011

Aqui estão alguns links pra post sobre os seguintes assuntos:

Barroco Brasileiro:
Geral:
http://prosalunos.blogspot.com/2011/04/barroco-brasileiro.html
http://prosalunos.blogspot.com/2008/04/barroco-brasileiro.html

Barroco Mineiro
http://prosalunos.blogspot.com/2008/04/barroco-mineiro.html

Missão Artística Francesa:

http://prosalunos.blogspot.com/2008/06/misso-artstica-francesa.html

Academia Imperial de Belas Artes:

Nesse post falo também de Almeida Junior (mas não estará na prova - já que só na 52 consegui chegar nesse artista).
http://prosalunos.blogspot.com/2010/05/academia-imperial-de-belas-artes.html

Lembre-se que terão coisinhas sobre História da Arte Geral! Não adianta reclamar! rs! É pro bem de vocês!

Como disse na sala de aula: olhem as PÁGINAS 12 E 13!

Ah, só pra constar, aqui está uma foto da Galeria Imperial com as duas imagens que lemos em sala de aula: a BATALHA DOS GUARARAPES e a BATALHA DO AVAÍ.


Pequena a sala, né?! hehehehehe!

Abraços!

segunda-feira, maio 16, 2011

ESCHER no CCBB


Diferente de algumas críticas que li, não achei a exposição "O Mundo Mágico de Escher" no Centro Cultural do Banco do Brasil decepcionante.
Quando cheguei dei de cara com uma fila enorme. Isso me deixa um pouco chateada: odeio filas! Mas ao mesmo tempo me fez ficar feliz! Como arte educadora, acho o maior barato saber que as pessoas fazem fila pra ver ARTE! E tinha gente de todo tipo... famílias com crianças, casais de idosos, descolados, intelectuais, intelectualóides, adolescentes... enfim, várias pessoas. No começo me irritei com uma possível falta de organização dos funcionários, já que havia uma fila e pessoas entravam sem ficar na fila! Uma mulher que estava atrás de mim foi tirar satisfação com o segurança e ele a disse que algumas pessoas tinham monitoria agendada e por isso não precisavam ficar na fila! E até disse que se ela não quisesse ficar na fila era só ligar lá em horário comercial e agendar a sua visita. Esse serviço existe e é de graça... ou seja, você que está lendo isso aqui pode formar um pequeno grupo e tentar fazer isso!
Outro motivo de pessoas entrarem sem ficar na fila é que a tal fila era para ver a exposição como se devia: começando pelo terceiro piso. Quem ficasse contente em ver só o subsolo poderia entrar sem fila... Bom, sem fila "mais ou menos", já que também tinha uma fila para ir ao subsolo. Parei de reclamar da fila e resolvi curtir!

Conheci Escher na época da faculdade. Lembro de passar horas olhando para suas obras reproduzidas em livros imensos (e caros, que nunca pude comprar) na biblioteca. Ele sempre me fascinou com suas formas impossíveis e improváveis, com seus desenhos tão realistas, mas tão oníricos ao mesmo tempo.

Estar ao vivo, ao lado de obras de Escher foi uma experiência muito boa para mim. Apesar de já ter viajado um pouco e conhecido vários museus por ai, nunca tinha visto tantas obras desse holandês... nunca tinha visto ao vivo imagens que sempre considerei sensacionais, como essas:





Claro que o fato de eu ser "louca" por esse artista ajudou eu gostar da exposição.

Gostei de ver obras que tanto gosto ao vivo, gostei de ver tantas crianças, jovens, adultos e idosos maravilhados... curtindo, rindo... fazendo comentários empolgados! Isso, pra mim que sou arte-educadora, supera os pequenos problemas de curadoria.

A proximidade entre as obras que foi criticada por alguns é algo que, infelizmente, vemos por toda parte! mesmo museus grandes e respeitados como o Louvre (Paris) ou o Metropolitan (Nova York) fazem esse tipo de coisa. Fui em uma exposição super bacana do Kandinsky no Guggenheim NY e também critiquei o pouco espaço entre as obras, mas depois de ouvir o comentário de algumas pessoas percebi que isso é uma opção muito comum de curadores atualmente, pois faz com que mergulhemos no universo do artista. Enquanto nossos olhos estão fixados em uma imagem, vemos (sem nos dar conta) outras obras... e isso colabora para a imersão no universo do artista. Há quem diga que nosso cérebro até guarda mais aquilo que vemos sem nos dar conta do que aquilo que prestamos bastante atenção. Olhar pra uma imagem e ficar concentrado nela é sensacional... pra ler, pra curtir... Mas não há problema em ela estar próxima de outra. Nossos olhos são seletivos! É até bacana pra "brincar" de figura-fundo - como tantos artistas ao longo da História da Arte fizeram.

A exposição trazia vários textos curtos e superficiais sobre o artista e suas obras. Penso que a opção partiu da ideia de que a maioria das pessoas não lê os textos nas exposições. Não lêem por que são longos, por que são complexos demais ou por falta de interesse mesmo. Pra mim que sou historiadora da arte e, portanto, tenho um conhecimento técnico sobre arte maior que o dos leigos, achei simples demais... mas, não acho que os textos das exposições devam ser complexos... afinal, já disse... textos complexos afastam o público. Parto do princípio de que quem quiser conhecer mais o artista irá procurar em livros, na Internet...  Não estou dizendo que as pessoas leigas em arte não merecem conhecer mais um artista... Se pensasse assim não seria professora! Mas acho que uma exposição não é o lugar para se sair especialista. Uma exposição é o lugar pra se conhecer... pra ser "tocado". Como ADORO imagens, acredito que é mais importante VER do que LER sobre o artista. Muitas vezes os textos fazem com que a visão seja racional demais... limitam, bloqueiam a contemplação espontânea. Por isso gostei dos textos da exposição no CCBB. Nunca vi em uma exposição tanta gente parar pra ler os textos... além disso, eram acessíveis. Crianças liam e entendiam! E repito: aqueles que gostaram das obras certamente irão atrás de mais informações! É assim que deve ser!

A exposição também conta com alguns vídeos, esse é um deles. Achei sensacional! Essa gravação não está tão boa, mas dá pra ter uma ideia do que é! 


Outro vídeo bastante concorrido era um filme em 3D de 8 minutos pelas construções de Escher. Era preciso pegar ingresso na bilheteria (gratuito). Não eram um "Avatar" da vida, mas foi divertido! É bem legal ver que mesmo o que parece não é! rs! Eu tenho problemas com 3D! Demoro pra acostumar e, como uso óculos, sempre tenho problemas em ver a imagem direito! Como alguns brincam, eu sou "chique" e só consigo curtir 100% cinema 3D se for IMAX! (porque os óculos são imensos e consigo colocá-los sobre os meus sem incômodo)... por isso, normalmente, fujo dos filmes 3D em salas normais. Ainda assim fui, nem fiquei enjoada! hehehehehe! Foi bacana, simples... como já mencionei, mas bacana.


Esse vídeo mostra mais ou menos o que vemos no filminho 3D. A qualidade desse vídeo está ruim e há um narrador falando em inglês.

Nessa exposição há um pouco de interatividade. Notem que disse "um pouco"! Bom, não culpo o CCBB já que o artista nunca fez nenhuma obra que o público interagisse fisicamente (tocando, entrando na obra fisicamente). A interação de Escher com o público era mental.
Algumas instalações foram criadas a partir de obras famosas. Divertido! Poucas coisas e bem simples, mas divertido!
Há uma salinha chamada "casa de Escher" no subsolo que reproduz a sala em que ele fez algumas obras (como aquela que eu coloquei acima, que ele segura a esfera de vidro espelhada). Você pode se sentar na cadeira e segurar a bola! E verá você no lugar dele! Bom, isso se você tiver sorte de a sala estar vazia ou então as pessoas que estiverem lá dentro com você forem camaradas e não ficarem tão no meio do caminho. Tive essa sorte! As pessoas foram legais!

Há também um documentário sobre o artista. Muito poucas pessoas ficavam para vê-lo (já que tem mais de 50 minutos). Eu entendo que ficar uma hora vendo um documentário não é (definitivamente) atrativo. Mas ai entra aquele papo sobre os textos simples. A pessoa que tiver interesse vai querer saber mais e ai, o documentário pode ajudar! Eu, se fosse curadora, teria feito a mesma coisa. Informações simples pro público geral e mais completas para os que tem interesse.

O que vale é que a exposição tem várias obras sensacionais! vale demais a pena ver e curtir! Saiba apenas que está bem lotada! Segundo uma segurança muito gente boa que conversou comigo, todos os dias estão bem cheios... mas é claro que aos finais de semana fica um pouco pior. O melhor dia, pra quem tem tempo, parece que é a terça-feira.

A exposição vai até dia 17 de Julho. Terça a domingo. GRÁTIS!

PS.: o catálogo da exposição custa R$ 80,00 e ainda não comprei o meu por problemas técnicos ($$$)! rs
(portanto não posso dizer se é bom e se vale a pena o investimento).

Vejam... aproveitem, comentem!

quarta-feira, maio 04, 2011

Um pouco de arte pro OITAVO

Olá pessoal

Não é a primeira vez que coloco por aqui algumas coisinhas pra dar um help pros meus alunos. Dessa vez é uma ajudinha pros menores.

Nos nossos últimos encontros fizemos uma série de trabalhos ligados à pintura. Quero apresentá-los aqui pra vocês e explicar um pouquinho sobre o objetivo de tudo isso.

O objetivo primeiro era trabalhar com pintura. Pintura no sentido teórico e prático. A experiência de ver, conhecer e fazer... Um pouco do que Ana Mae Barbosa propõem com a Metodologia Triangular.

Parte I

O TEMA trabalhado foi a pintura de paisagem. Esse é um gênero que só ganhou destaque depois do romantismo. Até então, era considerado um gênero inferior. Pois é! Menor...

Algumas paisagens de Monet (importante artista impressionista, século XIX)




Paisagem é a representação de um LUGAR. Não precisa ser somente paisagem natural (como algumas pessoas pensam). Uma pintura de paisagem pode trazer uma cidade, casas, prédios, fazendas... É a representação de um ONDE.

Pintura de paisagem feita pelo aluno Natan.

Nesse trabalho trabalhamos com a técnica do degradê de duas maneiras:

ADIÇÃO: quando misturamos duas ou mais tintas diferentes para alterar a cor (como o que fizemos com o azul).
SUBTRAÇÃO: quando diluímos a tinta para diminuir sua intensidade e, com isso, o tom (como fizemos com o verde).

Parte II

O segundo tema trabalhado foi o Reatrato. Há muito tempo os artistas fazem retratos e auto-retratos (quando o artista retrata a si mesmo).
Vários estilos artisticos trabalham esse gênero, desde os mais tradicionais até os mais modernos.

Alguns retratos de Pablo Picasso, um dos maiores artistas do século XX. (O primeiro é um auto-retrato)




Retrato é a representação de uma ou mais pessoas. Difere das cenas porque os personagens estão posando, parados. (Nas cenas há uma ação e é ela o mais importante da pintura).


Pintura de Retrato feita pela aluna Nathalia.

Nesse trabalho trabalhamos os recortes de tons. Ma mistura de PRETO + BRANCO gerando tons de cinza.
Quanto mais branco mais claro, quanto mais preto mais escuro.

Parte III

O terceiro tema trabalhado foi a pintura abstrata. Mais especificamente o ABSTRACIONISMO GEOMÉTRICO (também conhecido como Abstracionismo Formal).

A arte abstrata é uma das maiores inovações da arte do século XX. Ela vem pra mostrar que a pintura não precisa estar subordinada a uma história. É a arte por si só! São cores, formas, ideias, materiais e expressão do artista.

Um dos maiores artistas que trabalha com a abstração geométrica é MONDRIAN.




Outro que também ficou conhecido por suas composições geométricas foi o russo MALEVICH. Veja uma obra desse artista:



O outro tipo de asbtracionismo é o INFORMAL - aquele que não usa formas geométricas, mas a livre expressão do artista. A cor é mais importante que a forma. O maior representante desse tipo de pintura é KANDINSKY.
Veja algumas composições abstratas desse artista:



Em nossa aula, trabalhamos com a abstração geométrica.


Pintura abstrata geométrica feita pela aluna Najla.

A ideia era trabalhar com POLICROMIA - uso de várias cores na composição (além, é claro, de usar polígonos e / ou sólidos geométricos).

Parte IV

O quarto tema trabalhado foi a pintura de natureza-morta. Esse gênero engloba as pinturas com objetos e flores e frutas sobre mesas.
Costumo dizer aos alunos que, se uma flor é representada em um jardim, trata-se de uma paisagem... mas se ela está em um vaso, sobre uma mesa, é uma natureza-morta.

Vários artistas trabalharam esse gênero ao longo da História da Arte. Muitas vezes ele era usado como treinamento de desenho e pintura de observação.

Aqui está uma das naturezas mortas mais famosas da História da Arte: os Girassóis de  VAN GOGH:



Em nossa aula, trabalhamos além do gênero, a ideia empregada por Van Gogh: a de usar cores análogas em sua composição. Nessa obra, vemos cores análogas ao AMARELO.


Pintura de natureza-morta feita pela aluna Jessica.

Parte V

O quinto tema trabalhado foi mais uma vez a arte abstrata, porém, dessa vez mostrei aos alunos um pouco do EXPRESSIONISMO ABSTRATO  de Jackson Pollock.
Com sua inovadora técnica do GOTEJAMENTO ele criou quadros incríveis e arrojados.
Era muito mais do que simplesmente jogar tinta na tela, mas era ser diferente. Até ele, a pintura (desde os tempos das cavernas) utilizava mais ou menos a mesma ideia: uma tinta, um suporte e um objeto que levasse a tinta ao suporte tocando-o. Pollock quebra essa regra básica da pintura e por isso é tão inovador.


Uma composição de Jackson  Pollock:


Uma composição "a la" Pollock feita pela aluna Giovanna:



Gostaria de lembrar que o estilo EXPRESSIONISMO ABSTRATO também referência ao gesto. Não é só uma pintura abstrata e expressiva. A expressão vem do gesto do artista, do corpo todo.

Por enquanto foi isso. Ainda temos dois temas pela frente: a cópia e a releitura. Depois coloco trabalhos de alunos por aqui!

Para quem quiser dar uma olhada, aqui está um post de 2009 aqui do blog que fala de pintura e de releitura. Tem algumas imagens bem legais! Vale a pena conferir!!!

http://prosalunos.blogspot.com/2009/03/revisoes-e-mais-revisoes.html

Apareçam sempre!
Boa visita ao "prosalunos".