segunda-feira, setembro 28, 2015

Neoclássico


  • Do século XVIII até parte do século XIX.

  • Em contraposição ao Barroco, que tinha como principal característica a emotividade e a expressividade, o Neoclassicismo toma como referência a arte greco-romana e defende o equilíbrio, a clareza e a razão.

  • Consideram a arte barroca artificial, excessiva e desnecessariamente luxuosa.
  • Iluminismo (“a era da razão”).
INVESTIGAÇÃO DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA



Em 1738 e 1748 foram descobertas na Itália as ruínas das cidades de Herculano e Pompéia.

Começaram, na mesma época, peregrinações para a Grécia – o berço da arte clássica.

Roma passa a ser uma espécie de MECA para os artistas (destino obrigatório aos estudantes de arte).


CRIAÇÃO DAS ACADEMIAS

A formação do artista não acontecia mais com a relação mestre-aprendiz, mas em salas de aula.

Aos ensinamentos técnicos, foram acrescentados a história, a mitologia e a teoria da arte.


àÉpoca das Enciclopédias!

Os alunos mostravam suas obras emsalões”, assim ganhavam visibilidade e conseguiam vender suas obras.


OBS:
Pessoal, esses são os tópicos que foram passados para vocês na aula.

O arquivo completo (com as imagens) está disponível nesse link:
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quinta-feira, setembro 24, 2015

Quarto conjunto

Oi pessoal
Aqui estão os links pra algumas postagens antigas sobre o assunto que vai estar na prova de vocês.

Barroco Brasileiro

Rococó

Neoclássico

Vou tentar colocar mais coisas no final de semana!!!

Abraço!

segunda-feira, agosto 10, 2015

Revisão Barroco

Olá pessoal

Aqui estão os links para estudar sobre o estilo Barroco:

Barroco - I
Post com características gerais do Barroco e artistas do Barroco Italiano.

Barroco - II
Post com os outros artistas do Barroco que estudamos.

Holandeses no Brasil
Sobre Frans Post e Albert Eckhout, que vieram ao Brasil no século XVII.

Para complementar, para quem tiver interesse, aqui está um link para um texto sobre Barroco da enciclopédia virtual do Itaú Cultural. Esse site é muito bom e pode ser considerado uma referência confiável!
Barroco - Itaú Cultural

Bons estudos!!!

Barroco - II

O Barroco mais importante e famoso é, sem sombra de dúvidas, o italiano (de Caravaggio e Bernini). Mas o estilo também se desenvolveu em outras partes da Europa e também da América.
Na Europa, podemos destacar o barroco holandês, o barroco Flamengo, o barroco espanhol e o barroco francês.

Na Holanda, o barroco mantém algumas características importantes do movimento original (como o desequilíbrio na composição, a representação de cenas dinâmicas e a preocupação com efeitos de luz e sombra). A Holanda era protestante, por esse motivo não encontramos muitas obras religiosas.no tema principal das pinturas do barroco holandês é o cotidiano.
Os principais artistas do barroco holandês são Vermeer e Rembrandt.

Vermeer

"Moça com brinco de pérola"

"O geógrafo"

"A leiteira"


Rembrandt

"Aula de anatomia do Doutor Toup"

"Ronda noturna"

"Guilda de comerciantes"

A arte flamenga corresponde à arte da região de Flandres, que hoje corresponde à Bélgica. Era uma região católica e, por esse motivo, temos muitas pinturas com temas cristãos (como na Itália).
O principal artista do barroco flamengo foi Rubens.
Suas obras mantém algumas das principais características do barroco, como a composição desequilibrada, o contraste entre cores e a ideia de movimento.

Rubens

"A crucificação de Cristo"

"Pietá"

Na Espanha temos um barroco extremamente católico, porém, essa marca se dá sobretudo na arquitetura. Na pintura, temos representações bíblicas, mas, o artista mais famoso dessa época era Diego Velazquez, artista da corte. Por essa razão, o tema principal de suas obras era a própria corte, além de pinturas que atendessem seu gosto peculiar. Temos muitas pinturas com temas mitológicos, por exemplo, que misturam personagens míticos a pessoas da época.
A obra mais famosa desse período é o quadro "As meninas", considerada uma das mais importantes obras de arte de todos os tempos. Uma das coisas que mais chama a atenção nessa obra é a metalinguagem: Velazquez se pinta pintando os reis, que estão refletidos no espelho no fundo da sala, enquanto a princesa é rodeada por pessoas da corte e criados. Muitos elogiam a técnica de perspectiva usada por Velazquez, que faz com que o espectador se sinta parte da cena, além dos efeitos de luz e sombra que preenchem o ambiente.

Velazquez

"Papa Inocêncio X"

"Vênus diante do espelho"

"Dom Sebastião de Morra"

"As meninas"

Na França,  o século XVII é a época do Rei Luis XIV: o rei Sol. É a epoca a construção do palácio de Versalhes e da criação de todo luxo que se estendeu até o século XVIII com o Rococó. Mas na pintura francesa do século XVII, o que mais se relaciona com o estilo barroco tradicional são os Caravagistas: artistas que procuravam imitar o grande mestre barroco italiano Caravaggio.
Suas pinturas são muito escuras e apresentam grande preocupação com o contraste entre luz e sombra. Não são tão dinâmicas ou desequilibradas como as pinturas italianas, mas ainda assim, pelas cores, são nitidamente barrocas.
Os maiores Caravagistas foram Georges de Latour e Nicolas Tournier.

Latour

"Madalena arrependida"

"José, o marceneiro"

"Acendendo o cachimbo"


Tournier

"Cristo tirado da cruz"

"Jogadores de dados"

quarta-feira, agosto 05, 2015

Barroco - I

Pequeno contexto histórico da época:

O cristianismo ocidental foi dividido pela reforma protestante e a Igreja Católica tentou recuperar sua autoridade. As estratégias usadas pela Contrarreforma foram anunciadas pelo Concílio de Trento, que enfatizou o uso da arte como ferramenta para despertar novamente a fé nas pessoas.
Essa também é a época de monarquias absolutistas, com governantes dispostos a ostentar seu poder e riqueza.

A arte barroca inicia seu desenvolvimento na Itália do século XVII e se espalha pela Europa e América por aproximadamente 150 anos.

O termo BARROCO foi dado posteriormente por seus críticos. É um termo pejorativo que significa "irregular, distorcido, grotesco", e por um tempo passou a ser utilizado para descrever objetos de exagerada ostentação e gosto duvidoso.

A arte barroca é relacionada principalmente à arte feita sob encomenda da Igreja Católica. Marcada pela decoração pesada, a sobreposição de ornamentos e a aplicação exagerada de efeitos de luz e sombra.

Roma, na Itália, foi a principal cidade do Barroco. Artistas de diversas partes da Europa iam até lá para estudar e acabavam levando consigo os ideais e características visuais do Barroco.

Na pintura e na escultura as principais marcas visuais do barroco são:

- Personagens expressivos;
- Dinamismo;
- Desequilíbrio;
- Contraste de cores.

Vamos analisar essas características a partir de algumas obras de Caravaggio e Bernini, respectivamente, o maior pintor e o maior escultor do Barroco.

"Crucificação de São Pedro", 1601
Óleo sobre tela
Igreja Santa Maria del Popolo, Roma

Preste atenção na composição dessa obra. Podemos perceber claramente o contraste entre as cores (luz e sombra, claro e escuro). A iluminação escolhida por Caravaggio parece artificial e serve para dar mais dramaticidade à cena.
Outra característica bastante marcante é o dinamismo. A cena está em desenvolvimento. São Pedro está sendo crucificado - é como se o artista tivesse registrado um instante desse fato, um momento depois do início do processo, mas antes do fim. É o "gerúndio": ele esta sendo crucificado. Conseguimos perceber a ação dos homens que erguem sua cruz.
Também é evidente o uso de linhas diagonais que geram um desequilíbrio na composição. Um quadro barroco não é simétrico e estático, como um renascentista. Os barrocos buscam o desequilíbrio - que é outro elemento formal usado para enfatizar a emoção da cena.

"Conversão de São Paulo", 1601
Óleo sobre tela
Igreja Santa Maria del Popolo, Roma

Essa é outra famosa obra de Caravaggio. Nela também podemos perceber a luz cênica usada pelo artista para enfatizar a dramaticidade. O contraste de cores é bem forte.
Caravaggio também faz nesse quadro uma composição dinâmica. É evidente o gesto de Paulo, caído no chão, tentando se proteger do cavalo e até mesmo o movimento do cavalo. O desequilíbrio geométrico pode ser percebido pela luz na anca do cavalo, do lado esquerdo superior e, no ponto oposto, Paulo, que se dirige ao lado direito inferior.

Se olharmos uma escultura de Bernini, também poderemos ver algumas dessas marcas. Como se trata de um objeto de mármore, não temos, evidentemente, o contraste de cores.

 "Extase de Santa Teresa", 1647-1652
Mármore
Igreja de Santa Maria della Vittoria, Roma

Nessa famosa escultura de Bernini percebemos a intensidade da expressão de Santa Teresa, o gesto do anjo, o exagero nas dobras do tecido da roupa da santa e do anjo. A construção da escultura é bastante dinâmica e com isso, assim como nas pinturas de Caravaggio, notamos que a cena representada está em andamento (O "tal gerúndio").

"Davi", 1623-1624
Mármore
Galeria Borghesi, Roma

Essa é uma representação barroca de Davi, o personagem bíblico retratado como herói (por ter matado o gigante Golias). Uma das mais famosas representações desse personagem é a grandiosa escultura de Michelangelo (Renascentista). Vamos comparar as duas?


A ideia não é dizer qual é a melhor ou a mais bela, mas perceber as diferenças formais entre uma escultura renascentista e uma barroca. Vendo assim, uma ao lado da outra, é evidente que a escultura de Bernini é muito mais dinâmica e desequilibrada. Que a de Michelangelo apresenta um Davi muito mais sereno e estático.

Não podemos esquecer que o Barroco é um movimento emocional, por isso ele tem obras tão expressivas e dinâmicas, tão cheias de luz e contrastes.

quarta-feira, maio 06, 2015

Renascimento Nórdico

O movimento que ficou conhecido como Renascimento não aconteceu exclusivamente na Itália, mas se espalhou por outras partes da Europa como a Alemanha, Inglaterra e os Países Baixos.
Só que a cultura clássica, base primeira do Renascimento, não foi relevante para os artistas nórdicos. Eles tinham outra mitologia, outros padrões arquitetônicos, outros hábitos e outra cultura. Evidentemente a arte seria diferente.
Os pensamentos humanistas do Sul chegaram até eles e podemos dizer que acabaram sendo ainda mais humanistas que os renascentistas italianos.

O Renascimento Nórdico foi influenciado sobretudo pelo pensamento humanista e pela reforma protestante. Por essa razão encontramos muitas obras realistas e que valorizam o ser humano (mostrando, por exemplo, cenas cotidianas). Os temas religiosos e mitológicos (principais temas do Renascimento Italiano) quase não aparecem.

Os artistas tinham interesse pela representação da imagem humana e por representar o mundo visível de forma realista (sem a idealização tão comum nas obras italianas).

SEMELHANÇAS COM O RENASCIMENTO


  • Humanismo;
  • Uso da técnica da perspectiva nas pinturas (porém nem sempre com o ponto de fuga centralizado);
  • Uso da mimesis (sem idealização).
As obras dos artistas nórdicos possuem muitos detalhes (miniaturismo) e muitas informações.

PRINCIPAIS ARTISTAS

Jan Van Eyck (1390 - 1441)

Principal obra: "Bodas de Arnolfini" (ou "O casal Arnolfini"), 1434



Repare nos detalhes da obra!


O artista escreveu "Jan Van Eyck esteve aqui, 1434". Foi a primeira vez que um artista assinou seu nome em um quadro.

Repare nos detalhes do espelho no fundo do quarto:



Note que além de todos os detalhes do espelho, o artista também coloca detalhes na moldura. São imagens da Via Sacra (Paixão de Cristo).


Note que o artista coloca laranjas no quarto! Pode parecer algo simples, mas não é! Laranjas eram frutas muito raras na Holanda naquela época e, portanto, caríssimas.  Colocá-las na tela, mostra que o casal era muito rico!


Você tinha reparado nas sandálias da mulher no fundo do quarto? Note que mesmo estando no fundo ela possui muitos detalhes. Também conseguimos perceber as diferentes texturas: a madeira do piso, o tapete e os tecidos das roupas do casal.

As sandálias do marido são as que estão mais a frente da composição:


A mulher não está grávida! Esse é um retrato nupcial, ou seja, eles acabaram de casar! Pela cultura da época isso seria inadmissível. O ventre volumoso indica que ela QUER engravidar. Outros símbolos de fertilidade no quadro são: o verde no vestido da mulher, o vermelho da cama e a imagem de Santa Margarete (para quem as mulheres rezam quando querem engravidar) na cabeceira da cama:


A luminária do quarto tem apenas uma vela acesa. Segundo a semiótica ela simboliza o "olho de Deus que tudo  vê", como se Deus estivesse ali abençoando a união do casal.



Só para deixar ainda mais impressionante, lembre-se que o quadro original (que está na National Galery de Londres) é relativamente pequeno (82 x 60 cm).

Observar esse quadro com cuidado é uma experiência sensacional (por conta de todos os detalhes!)

Hieronymus Bosch (1450 - 1516)

Uma de suas principais obras é o Tríptico "O jardim das delícias".

Nesse link tem um post falando sobre essa obra!


Albrecht Dürer (1471 - 1528)

O alemão Dürer foi um importante gravurista.
É interessante lembrar que nessa época surge a imprensa e as ilustrações também passam a ser feitas por impressões.

A grande paixão, 1498

Os quatro cavaleiros do apocalipse, 1498


Hans Holbein (1497 - 1543)

Principal obra: "Os embaixadores", 1533


Esse retrato também tem muitas informações e detalhes (como o Casal Arnolfini, de Van Eyck).
Holbein também é preciosista na representação das texturas e materiais.

Veja alguns detalhes:



Você conseguiu ver que há um anel na frente da bússola?



Dá pra ver que é um livro de matemática!


E é possível ler a partitura!


Outra coisa que chama a atenção é o globo terrestre. Se você olhar atentamente é possível encontrar "Brasilis". Achou? Perdoe os erros de geografia! Lembre-se que a obra é do século XVI!!!


E também há um globo celeste que mostra as constelações.


Mas é claro que o que mais chama a atenção nessa obra é o crânio em perspectiva anamórfica na frente da composição. Você tinha reparado nisso?



Para conseguir ver o crânio no quadro original é necessário se posicionar do lado direito, de modo perpendicular:



Alguns interpretam o crânio como um símbolo humanista, outros como uma ameaça ao rei Henrique VIII (com quem o artista tinha uma certa birra). O fato é que o artista mostra o quanto domina a técnica da perspectiva!

Pieter Bruegel (1525 - 1569)

Suas obras se aproximam da ideia de realismo (mesmo este movimento artístico ainda não existindo). Mostra cenas cotidianas, camponeses, brincadeiras infantis... Suas obras são muito detalhadas e cheias de informações. Por exemplo:

Jogos infantis, 1560

Caçadores na neve, 1565

Casamento camponês, c. 1569


segunda-feira, abril 20, 2015

Renascimento

O Renascimento marca a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna. O termo está relacionado ao ressurgimento dos valores e interesses intelectuais e artísticos da Antiguidade Clássica Greco-romana.
Com isso, valores mais humanistas começam a mudar não só a arte, mas o mundo.
É importante salientar que, apesar desse valor humanista, o Renascimento ainda está bastante ligado à Igreja Católica, tanto que podemos ver muitas obras com temas bíblicos na arte da Renascença.
Além desses temas cristãos, a mitologia grega (revisitada pelos romanos) também passa a ser explorada como tema pelos artistas renascentistas.
O Renascimento se deu principalmente na Itália, sendo a cidade de Florença o principal polo cultural da época.

As principais características do Renascimento são:

  • Humanismo - pensamento que valoriza o homem e seus feitos (e não apenas Deus, como o pensamento medieval).
  • Racionalidade - os artistas queriam entender como as coisas funcionavam (podemos incluir a natureza e o corpo humano). Pesquisas da ciência e da matemática podem ser vistas nas obras renascentistas, como por exemplo a "perspectiva linear".
"A perspectiva linear é uma técnica na qual o artista pode criar a impressão de profundidade tridimensional numa superfície plana. como ciência, a perspectiva está relacionada à ótica )o estudo da visão e do olho humano), mas como sistema pictórico ela só foi completamente desenvolvida no começo do século XV, em meio à atmosfera intelectual e artística única da Renascença florentina. Pela primeira vez na história da pintura havia um sistema matemático para calcular como dimensionar proporcionalmente o tamanho dos personagens e elementos em relação à distância." (in. Farthing, Stephen. Tudo sobre a arte)
  • Equilíbrio - podemos relacionar essa característica ao gosto pela simetria e pelas composições equilibradas (com ponto de fuga* central no caso de pinturas e esculturas bastante serenas e com movimentos contidos). O equilíbrio também se relaciona ao pensamento racional, já que uma pessoa mais racional é mais equilibrada em suas decisões e expressões faciais e corporais, por exemplo.
  • Mimesis - imitação da natureza à partir de sua observação.
  •  Idealização - os renascentistas buscavam um ideal de beleza em suas obras e para tanto procuravam melhorar certas características da natureza observada (mais ou menos o que a sociedade atual faz ao utilizar o "photoshop" nas imagens digitalizadas).
Para os renascentistas o BELO era perfeito e bom, mas o perfeito só existe no mundo das ideias - por isso a idealização.
Para atingir o BELO buscavam o equilíbrio da simetria, que para eles era algo perfeito.


O Renascimento Italiano pode ser dividido em duas partes (ou períodos):
- Quattrocento (século XV)
- Cinquecento (século XVI), que também ficou conhecido como "Alta Renascença".

No quattrocento podemos destacar os trabalhos de pintura de Sandro Botticelli, as esculturas de Donatello e a arquitetura de Brunelleschi.

"Alegoria da Primavera", c. 1480 (Galeria Uffizi, Florença)
Sandro Botticelli


"Nascimento de Vênus", c. 1485 (Galeria Uffizi, Florença)
Sandro Botticelli


"Davi", c. 1409 (Museu Nacional de Bargello, Florença)
Donatello


"Davi", c. 1440 (Museu Nacional de Bargello, Florença)
Donatello


Cúpula da catedral de Santa Maria del Fiore, em Florença (1434) -  Filippo Brunelleschi
Essa foi a primeira cúpula de grandes dimensões erguida na tália desde a antiguidade clássica.



No Cinquecento estão os artistas mais famosos do Renascimento: Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael Sanzio.
O pensamento humanista ganha força nessa época. Essa visão é exemplificada pelos desenhos e estudos de Leonardo da Vinci sobre a anatomia humana.
Dentre seus estudos, o mais famoso (e o que mais ilustra esse pensamento antropocêntrico) é o "Homem Vetruviano", c. 1492 (Galeria da Academia, Florença).


Florença continuava a ser uma cidade importante, porém, na Alta Renascença, Roma passa a ser o centro artístico mais importante. A "Cidade Eterna" tinha a sede do papado (Vaticano) e o legado clássico romano e por isso a maioria dos grandes artistas estava lá.

O principal mecenas do Renascimento Italiano nessa época foram os Papas. Desde o papa Sisto IV (que ordenou a construção da Capela Sistina), muitos papas contrataram artistas renascentistas para decorar a Basílica de São Pedro, salas e capelas do Vaticano e suas próprias tumbas (como o papa Julio II que encomendou a famosa escultura de Moises, de Michelangelo).

Leonardo da Vinci certamente foi o mais famoso artista de todo o movimento.

"Talvez nenhum outro artista na história da arte ocidental tenha encarnado como Leonardo da Vinci o conceito de gênio. Entre a Florença dos Médici e a Milão dos Sforza, esse homem excepcional une os campos da arte e da ciência e amplia - a limites desconhecidos até então - os horizontes do conhecimento e da beleza, produzindo algumas das obras pictóricas mais importantes de todos os tempos.
A vida de Leonardo transcorre num momento histórico em que o poder das ideias busca mudar os rumos do mundo e transitar da religiosidade da Idade Média para a racionalidade do Renascimento."
(Leonardo da Vinci, Coleção Folha - Grandes Mestres da Pintura)

Leonardo não tem muitas pinturas acabadas (e algumas outras não temos certeza se são dele ou não), ainda assim, nas poucas obras que deixou, cativou a humanidade.
Uma de suas principais marcas visuais é o "sfumato": transição suave e quase imperceptível entre as áreas de cor na pintura. Suas obras parecem não ter contornos definidos por causa dessa técnica.

Suas principais obras são:
"Virgem dos Rochedos", 1483-1486 (Museu do Louvre, Paris)


"A última ceia", 1495-1497 (Convento de Santa Maria dele Grazie, Milão)



"Mona Lisa" (Gioconda), 1503-1506 (Museu do Louvre, Paris)


Rafael Sanzio também foi um importante pintor do Renascimento Italiano. Foi um dos principais artistas do Vaticano, responsável pela decoração das capelas da Basílica de São Pedro.
Uma de suas obras mais conhecidas está no Palácio Apostólico do Vaticano:
"A Escola de Atenas", 1510-1511


"Em Escola de Atenas filósofos, matemáticos, astrônomos e cientistas da Antiguidade conversam sob uma imponente basílica, aparentemente baseada nos antigos projetos de Bramante para a nova Igreja de São Pedro (que, por sua vez, foram inspirados nas ruínas da Basílica de Maxêncio, no Fórum Romano). No centro da imagem estão Platão e Aristóteles, claramente identificados pelos títulos de seus livros: Platão aponta para cima, para o mundo das ideias, enquanto Aristóteles estende a mão aberta entre o céu e a terra. Leonardo da Vinci, com uma longa barba branca serviu de modelo para Platão, ao passo que Michelangelo, sentado num degrau em primeiro plano, com seu braço apoiado num bloco de mármore, representa o matemático Heráclito. No canto, à direita, próprio Rafael, olhando para fora da pintura." (in. Farthing, Stephen. Tudo sobre a arte)

Rafael ficou conhecido como o pintor das "Madonas", pois o tema que mais trabalhou ao longo de sua carreira foi a representação da virgem Maria com o menino Jesus no colo.

Exemplo: Madonna Tempi, c. 1508 (Alta Pinacoteca, Mônaco de Baviera)


Michelangelo foi o maior escultor do Renascimento (apesar de também ter sido um grande arquiteto e pintor).
Entre suas principais esculturas estão:

"Pietá", 1497-1500 (Basílica de São Pedro, Vaticano)



"Davi", 1501-1504 (Galleria dell'Accademia, Florença) - Há uma réplica em tamanho menor da praça de Signoria, também em Florença.



"Moisés", 1513-1516 (túmulo do papa Júlio II, Roma)


Sua pintura mais famosa na verdade é um grupo de pinturas localizadas na Capela Sistina (1508-1512: teto; 1537-1541: painel do Juízo Final)

Teto da Capela Sistina:

Juízo Final:


Dentre todos os painéis da Capela Sistina, sem dúvidas, o mais conhecido é "A criação de Adão".
Muitos comentam que Michelangelo teria colocado a figura de Deus dentro de uma estrutura que lembra o cérebro humano. Seria um questionamento humanista sobre a criação? (Deus cria o homem ou o homem, em sua mente, cria Deus?)


A obra arquitetônica mais famosa de Michelangelo é a cúpula da basílica de São Pedro, no Vaticano.


Visão interna: